Zelensky vai à linha de frente no sul da Ucrânia
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que raramente viaja para fora da capital do país, Kiev, desde o início da invasão russa, visitou neste sábado (18) as regiões de Mykolaiv e de Odessa, no sul da Ucrânia.
Um vídeo divulgado pela Presidência ucraniana mostra Zelenky inspecionando um edifício da administração regional bastante danificado. Nas imagens, o governador local, Vitaliy Kim, mostra-lhe os danos causados ao prédio, onde um grande buraco, pelo qual é possível ver o interior dos imóveis.
Depois, o presidente visitou as tropas na linha de frente em Mykolaiv e na região fronteiriça de Odessa, de acordo com seu gabinete.
"É importante que vocês permaneçam vivos. Enquanto estiverem vivos, haverá um forte muro ucraniano que protege nosso país", disse Zelensky aos soldados que combatem em Odessa.
Mais cedo, o presidente participou de uma reunião com autoridades locais, no que pareceu ser um porão, onde entregou-lhes prêmios por sua bravura.
Segundo o gabinete presidencial, "falaram sobre o estado da economia, a retoma do abastecimento de água e a situação da agricultura".
Esse deslocamento acontece um dia depois de um ataque russo que deixou dois mortos e 20 feridos nesta cidade portuária e industrial, onde vivia cerca de meio milhão de habitantes antes da guerra.
A localidade é alvo de ataques russos, por estar na rota para Odessa, principal porto da Ucrânia, 130 km a sudoeste.
Mais "destruição"
No terreno, intensos combates estão devastando as cidades da região do Donbass, onde enormes áreas foram ocupadas por tropas russas.
"Agora, a batalha mais feroz está perto de Severodonetsk", afirmou o governador da região de Lugansk, Sergei Gaidai, acrescentando que as forças russas não controlam toda cidade.
Gaidai também relatou combates "difíceis" em Toshkivska e em Zolote e relatou que a cidade de Lysychansk, vizinha de Severodonetsk, separada por um rio, está sendo "duramente bombardeada".
Gaidai também descreveu mais "destruição" na fábrica de produtos químicos Azot em Severodonetsk, onde há 568 pessoas refugiadas, incluindo 38 crianças. E, em Lysychansk, os moradores se preparam para fugir.
"Estamos abandonando tudo e indo embora. Ninguém pode sobreviver a um ataque desses", desabafou a professora Alla Bor, que aguarda o momento com seu genro Volodymyr e seu neto de 14 anos.
"Saímos de casa. Deixamos comida para nosso cachorro. É desumano, mas o que mais a gente pode fazer?", questiona.
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