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Décimo segundo jornalista é assassinado no México em 2022

O jornalista mexicano Antonio de la Cruz, repórter do jornal Expreso foi atacado em sua casa. - Getty Images/iStockphoto
O jornalista mexicano Antonio de la Cruz, repórter do jornal Expreso foi atacado em sua casa. Imagem: Getty Images/iStockphoto

29/06/2022 15h46

O jornalista mexicano Antonio de la Cruz foi morto a tiros nesta quarta-feira (29) em Ciudad Victoria (estado de Tamaulipas), denunciou o jornal Expreso, onde trabalhava, elevando a 12 o total de comunicadores mortos no país em 2022.

"Esta manhã foi assassinado o jornalista Antonio de la Cruz, repórter do jornal Expreso. As primeiras informações indicam que ele foi atacado em sua casa", publicou o jornal em seu site.

A filha do jornalista ficou ferida no ataque, segundo o jornal, enquanto o deputado local Gustavo Cárdenas, amigo do jornalista, disse à televisão Milenio que a esposa da vítima foi baleada na cabeça.

De la Cruz cobria temas relacionados ao campo e ao clima, mas em sua conta no Twitter costumava denunciar supostos atos de corrupção de políticos.

"Diante deste novo ato de violência, o grupo editorial Expreso-La Razón exige que as autoridades em todos os níveis façam justiça", acrescentou o jornal.

Outro de seus jornalistas, Héctor González, foi assassinado a golpes em 29 de maio de 2018.

Colegas de De la Cruz afirmaram não saber se o jornalista havia recebido ameaças.

A última nota que publicou foi sobre as altas temperaturas registradas na terça-feira em Tamaulipas.

A Repórteres Sem Fronteiras indicou em suas redes sociais que está "documentando os fatos".

Segundo a RSF, cerca de 150 jornalistas foram mortos no México desde 2000. A maioria dos assassinos continua impune.

Segundo contagens de organizações que defendem a liberdade de expressão, De la Cruz é o décimo segundo jornalista morto em 2022 no México, considerado um dos países mais perigosos para os comunicadores.

O governo mexicano, antes deste último crime, registrou nove assassinatos pelos quais há 26 detidos.

Este ano é o mais mortal para imprensa junto com 2017, quando 12 jornalistas foram assassinados.