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Trabalhadores presos há 8 dias em mina de carvão aguardam resgate no México

Soldados participam de operação que tenta resgatar 10 trabalhadores presos em uma mina de carvão inundada após um deslizamento de terra - Pedro PARDO / AFP
Soldados participam de operação que tenta resgatar 10 trabalhadores presos em uma mina de carvão inundada após um deslizamento de terra Imagem: Pedro PARDO / AFP

11/08/2022 11h23Atualizada em 11/08/2022 16h05

As forças de resgate continuam enfrentando condições adversas que impedem sua entrada na mina no norte do México onde dez trabalhadores estão presos há oito dias, informaram as autoridades nesta quinta-feira (11).

"Eles descobriram que não têm espaço para avançar, há obstruções, há madeira", disse o secretário de Defesa, Luis Cresensio Sandoval, após as quatro descidas ocorridas na quarta-feira em um dos poços por onde tentam acessar o poço inundado.

No entanto, "as atividades vão continuar, os mergulhadores vão continuar as tentativas" de acesso, acrescentou o general na conferência matinal do presidente Andrés Manuel López Obrador.

Centenas de soldados e outros socorristas participam da operação de resgate na mina de carvão El Pinabete, na cidade de Agujita, estado de Coahuila, onde na quarta-feira (3) uma enchente deixou 10 mineradores presos.

Um soldado e um minerador voluntário mergulharam brevemente na tarde de quarta-feira, tentando determinar se havia condições para que mergulhadores militares entrassem no buraco estreito.

Mas "mesmo com as luzes que carregam para poder observar o interior (estabeleceram que) não têm a visibilidade necessária para identificar o que se encontra", insistiu Sandoval.

No entanto, destacou que o nível de água nos três poços por onde se pretende retirar os trabalhadores continua diminuindo graças à extração que se faz com bombas motorizadas.

Uma das dolinas já está a 4,9 metros, dos 30 metros de água que havia no dia seguinte ao acidente, embora o nível considerado ideal para o resgate seja de 1,5 metro.

"Esperamos que hoje, no poço 2, consigamos atingir níveis onde os socorristas possam entrar", disse a coordenadora nacional da Proteção Civil, Laura Velázquez, na conferência presidencial.

"Estaremos avaliando ao longo do dia. Temos que ter cuidado para não expor ninguém", acrescentou.

O incidente ocorreu quando uma equipe que trabalhava na extração de carvão abriu um buraco em uma mina adjacente que foi inundada, fazendo com que a água transbordasse em direção ao local onde estavam manobrando, segundo o governo.