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Seis funcionários do jornal pró-democracia Apple Daily de Hong Kong se declaram culpados

24.jun.2021 - Um membro da equipe do jornal pró-democracia Apple Daily posa com a última edição do jornal na sede da empresa em Hong Kong, China. - REUTERS / Tyrone Siu
24.jun.2021 - Um membro da equipe do jornal pró-democracia Apple Daily posa com a última edição do jornal na sede da empresa em Hong Kong, China. Imagem: REUTERS / Tyrone Siu

22/11/2022 07h38Atualizada em 22/11/2022 08h36

Seis editores e diretores do jornal pró-democracia de Hong Kong Apple Daily —que foi fechado —se declararam culpados de conluio com forças estrangeiras nesta terça-feira (22) e enfrentam uma sentença máxima de prisão perpétua.

Este processo é o primeiro em que a drástica lei de segurança nacional imposta por Pequim em meados de 2020 para silenciar a oposição é aplicada a um veículo de comunicação.

O jornal Apple Daily criticava o poder chinês e apoiou os protestos pró-democracia que abalaram Hong Kong em 2019.

O veículo teve que fechar em meados de 2021 depois que seus fundos foram congelados e vários diretores foram presos, incluindo seu fundador, Jimmy Lai, atualmente processado pela lei de segurança nacional.

Nesta terça-feira, quatro ex-editores e dois ex-executivos se declararam culpados perante a Suprema Corte de Hong Kong por "conspirar para atuar com forças estrangeiras com o objetivo de colocar em risco a segurança nacional".

Os réus que se declararam culpados nesta terça-feira incluem o ex-diretor-geral do jornal, Cheung Kim-hung, o editor adjunto Chan Pui-man, o redator-chefe Law Wai-kwong, o editor-chefe Lam Man-chung e os jornalistas Fung Wai-kong e Yeung Ching-kee.

A Promotoria os acusou de usar o Apple Daily para divulgar conteúdos que pedem sanções estrangeiras contra a China.

Os seis acusados estão em prisão preventiva há quase um ano e meio e serão condenados somente no final do processo contra Lai e três empresas vinculadas ao Apple Daily.