Sobe para 4 o número de mortos em ataque armado a escolas no Espírito Santo
Autoridades brasileiras anunciaram, neste sábado (26), a morte de uma professora ferida na véspera por um jovem que atacou com uma arma de fogo duas escolas no Espírito Santo, elevando para quatro o número de mortos na tragédia.
No meio da manhã de sexta-feira, um ex-aluno de 16 anos, usando símbolos nazistas, invadiu e abriu fogo em duas escolas em Aracruz, município litorâneo do Espírito Santo.
Três pessoas haviam morrido e outras 11 ficado feridas, segundo o primeiro balanço divulgado.
"Infelizmente a tragédia em Aracruz ainda não chegou ao fim. Com profundo pesar confirmamos o falecimento de mais uma vítima, a professora Flávia Amboss Merçon", tuitou no sábado o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande.
As autoridades também informaram na sexta-feira que três professores e um aluno, cuja idade não foi revelada, permaneciam em estado grave.
Um novo balanço dos feridos não foi atualizado no sábado.
O autor do ataque, filho de um policial, responderá pelos crimes de homicídio qualificado e tentativa de homicídio, informou a polícia do Espírito Santo.
Detido em sua casa pouco depois dos ataques, ele foi levado a um centro estadual para adolescentes, disse a polícia.
Neste sábado, parentes velaram as outras três vítimas do ataque, incluindo uma menina de 12 anos.
"A minha filha sempre foi luz e amor. E eu perdi a minha filha para o ódio", disse Thais Sagrillo, mãe da jovem, à Globo News.
O ataque foi o 12º tiroteio em escolas no Brasil desde 2002, segundo um levantamento do Instituto Sou da Paz.
Com o rosto coberto, vestindo roupas camufladas e com uma suástica nazista, o jovem entrou na Escola Estadual Primo Bitti, da qual foi transferido em junho, segundo os investigadores.
Imagens de um vídeo de câmeras de segurança mostram ele disparando alguns tiros, sem interromper sua marcha.
Depois, ele seguiu para o Centro Educacional Praia de Coqueiral, uma escola privada, onde assassinou uma adolescente.
As duas armas utilizadas no ataque pertencem a seu pai, um policial, e uma delas era sua arma de serviço, detalharam as autoridades, que investigam se o jovem, que estava em "tratamento psiquiátrico", tem vínculos com grupos extremistas.
rsr/ap/ic
© Agence France-Presse
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