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Personalidades internacionais pedem apoio a protestos no Irã

Protestos e greves em todo o Irã foram provocados pelo assassinato policial de Mahsa Amini - Reprodução/Twitter
Protestos e greves em todo o Irã foram provocados pelo assassinato policial de Mahsa Amini Imagem: Reprodução/Twitter

01/02/2023 14h13Atualizada em 01/02/2023 16h15

De prêmios Nobel a ex-chefes de Estado, passando por nomes da indústria do entretenimento, centenas de personalidades mundiais publicaram hoje um apelo por apoio incondicional aos iranianos que protestam contra o regime e desafiam a repressão.

A declaração é assinada por 480 personalidades, como os ganhadores do Nobel de Literatura Svetlana Alexiévich e Mario Vargas Llosa, a ex-secretária de Estado americana Hillary Clinton e o ator de Hollywood Richard Gere.

Divulgado pela ONG americana Freedom House, o texto afirma que "o triunfo da liberdade no Irã pode renovar a onda global de democratização que foi tão forte no final do século XX, mas que se enfraqueceu diante de uma contraofensiva do autoritarismo".

Ressalta, ainda, que os manifestantes "merecem o apoio incondicional dos amantes da liberdade de todo o mundo".

Sua vitória significaria "livrar-se de um regime que nega as eleições livres, a liberdade de expressão, o devido processo legal e a autonomia pessoal em assuntos tão simples quanto a escolha de roupas", acrescentam os signatários.

A onda de protestos contra o regime teocrático no poder no Irã estourou após a morte da curdo-iraniana Mahsa Amini, de 22 anos, sob custódia policial, em setembro de 2022. A jovem foi presa acusada de violar o rígido código de vestimenta para mulheres em vigor no país.

Os protestos contra o regime continuaram desde então, apesar de uma dura repressão que incluiu a execução de quatro pessoas e a prisão de pelo menos 14.000, segundo a ONU.

Os signatários pedem aos governos que imponham sanções às autoridades envolvidas na repressão, incluindo o aiatolá Ali Khamenei, e que os Guardiões da Revolução sejam classificados como uma "organização terrorista".