Reino Unido está 'ciente do risco de escalada' se entregar aviões à Ucrânia
O governo britânico disse nesta quinta-feira (9) que está "ciente do risco de escalada" ligado à eventual entrega de caças às forças ucranianas e garantiu que está agindo "com prudência".
Durante uma visita surpresa a Londres na quarta-feira (8), o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, pediu "potentes aviões ingleses" para enfrentar a invasão russa, ao que o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, respondeu que avaliaria a possibilidade de fornecê-los "no longo prazo".
"Tomamos essas decisões com prudência e após muita reflexão. Estamos cientes do risco de uma potencial escalada", disse o porta-voz de Sunak nesta quinta-feira, ao ser questionado sobre a relutância de outros países-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
"Tudo o que fazemos leva em conta os potenciais riscos de escalada, mas, mais uma vez, gostaria de enfatizar que é a Rússia, não a Ucrânia, ou a Otan, (...) que está provocando uma escalada da situação", acrescentou.
Ontem, Sunak enfatizou que não descarta "nada" em sua ajuda militar a Kiev e que a entrega de aviões "obviamente faz parte das discussões".
As autoridades britânicas acreditam, no entanto, que levaria três anos para treinar os pilotos, já que os militares ucranianos estão familiarizados com aeronaves projetadas pelos soviéticos, e não com os padrões da Otan.
"O Reino Unido não disse que, necessariamente, enviará caças à Ucrânia", frisou o ministro britânico da Defesa, Ben Wallace, em visita a Roma.
"O que foi dito é que vamos começar o treinamento para melhorar a resistência da Ucrânia provavelmente depois do conflito", acrescentou.
No mesmo dia, a embaixada russa em Londres prometeu uma "resposta", se o Reino Unido decidir enviar caças à Ucrânia.
"Gostaria de lembrar aos responsáveis em Londres: em tal cenário, a colheita sangrenta do próximo ciclo de escalada estará em suas consciências, assim como as consequências militares e políticas para o continente europeu e o mundo inteiro", afirmou.
Depois de decidir, em janeiro, fornecer tanques pesados ao Exército ucraniano, os aliados ocidentais de Kiev têm relutado em dar mais um passo, com a entrega de caças. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, por exemplo, descartou essa opção por enquanto.
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