Deputado de ultradireita polonês usa extintor de incêndio em símbolo judaico, durante o Hannukah
Um deputado da extrema direita do Parlamento polonês apagou com um extintor de incêndio uma menorá, candelabro de sete braços que é símbolo do judaísmo, nesta terça-feira (12), um ato imediatamente condenado pelo primeiro-ministro, Donald Tusk.
"O que ocorreu foi algo inaceitável. É uma vergonha", disse o novo premiê polonês à imprensa.
Após o ocorrido, o presidente do Parlamento, Szymon Holownia, excluiu de uma reunião parlamentar o deputado do partido de extrema-direita Konfederacja (Confederação Liberdade e Independência), Grzegorz Braun, que já tinha apresentado um comportamento semelhante.
??????Niebywa?y skandal. Pose? Grzegorz Braun zgasi? ga?nic? menor? hanukow?. @wirtualnapolska pic.twitter.com/JOxbsKCIAu
-- Patryk Michalski (@patrykmichalski) December 12, 2023
O grupo parlamentar de Braun condenou sua ação.
A menorá foi acesa no Parlamento por ocasião das celebrações do feriado judaico de Hanukkah (Festa das Luzes), na presença de personalidades judaicas.
Em vídeos publicados na imprensa polonesa, é possível ver o deputado apagando o artefato judaico e logo em seguida uma nuvem de pó proveniente do extintor tomando conta de uma sala do Parlamento.
O presidente da Câmara Baixa condenou "esta humilhação para o Parlamento polonês" e afirmou que enquanto permanecer no cargo "não haverá tolerância ao antissemitismo, aos desvios e ao racismo", disse ele, interrompendo os debates.
No final de uma reunião da presidência do Parlamento, Holownia indicou que Braun foi condenado a sanções financeiras máximas, que seria denunciado à Justiça e poderia ser sentenciado a uma pena de até dois anos de prisão.
"Vergonha! Um membro do Parlamento polonês acabou de fazer isto. Poucos minutos depois de celebrarmos o Hanukkah lá", disse o embaixador de Israel na Polônia, Yacov Livne, nas redes sociais, publicando um vídeo de Braun apagando a menorá.
A maioria dos grupos parlamentares, incluindo o partido populista nacionalista Lei e Justiça (PiS), condenou o ato.
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