UE se soma às condenações por invasão à embaixada mexicana no Equador
A União Europeia condenou neste domingo (7) a invasão da embaixada mexicana no Equador para prender o ex-vice-presidente Jorge Glas, que havia recebido asilo na missão diplomática.
Em uma breve nota oficial, o porta-voz da UE enfatizou que o bloco "insiste na importância do respeito à Convenção de Viena de 1961 sobre Relações Diplomáticas".
"A proteção da integridade das missões diplomáticas e de seus funcionários é fundamental para preservar a estabilidade e a ordem internacional, fomentando a cooperação e a confiança entre as nações", acrescentou.
A nota reforçou que a "violação da inviolabilidade das instalações de uma missão diplomática viola a Convenção de Viena e deve, portanto, ser rejeitada".
Na noite de sexta-feira, soldados equatorianos fortemente armados invadiram a embaixada mexicana em Quito e prenderam Glas, em um gesto que desencadeou uma tempestade diplomática.
O México anunciou imediatamente que estava rompendo relações com o Equador por causa da invasão da embaixada e iniciou uma operação para retirar todo o seu corpo diplomático do território do país.
Neste domingo, o Ministério das Relações Exteriores da Espanha também denunciou a invasão armada da embaixada mexicana como "uma violação da Convenção de Viena sobre relações diplomáticas".
Glas foi vice-presidente do Equador entre 2013 e 2018, durante o governo de Rafael Correa, e era procurado por acusações de corrupção.
Alegando perseguição judicial, Glas estava se refugiando na sede diplomática mexicana desde dezembro.
No sábado, a ministra das Relações Exteriores, Gabriela Sommerfeld, justificou a invasão da sede diplomática mexicana, argumentando que a operação foi realizada "diante de um risco real de fuga iminente" de Glas.
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