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Bolívia: Militares deixam palácio após troca de comando das Forças Armadas

O presidente Luis Arce nomeou três novos chefes para as Forças Armadas da Bolívia após o país sofrer uma tentativa de golpe de Estado. Depois do anúncio, militares que invadiram o Palácio Quemado se retiraram. O ex-comandante do exército boliviano foi preso, segundo a TV estatal do país.

O que aconteceu

Juan José Zúñiga foi preso após coordenar a tentativa de golpe de Estado. A informação foi divulgada pela emissora estatal BoliviaTV.

Os novos chefes das Forças Armadas anunciados por Arce são: José Wilson Sánchez Velasquez, no Exército; Gerardo Zabala Alvarez, na Aeronáutica, e Renán Guardia Ramírez, na Marinha.

Militares deixaram o Palácio Quemado após o anúncio. Os militares que se posicionaram com tanques em frente à sede presidencial em La Paz e tentaram invadir o edifício se retiraram do local, informou a agência de notícias AFP.

Recuo ocorreu após várias horas de mobilização. As tropas sob o comando do destituído chefe do exército Juan José Zúñiga deixaram a Plaza de Armas após várias horas de uma mobilização qualificada de tentativa de golpe de Estado pelo presidente Luis Arce.

"Saudamos a polícia que se manteve firme com a Constituição", declarou Arce. David Choquehuanca, vice-presidente da Bolívia, também se manifestou: "Queremos cumprimentar a valentia de todos que se levantaram contra essa tentativa de golpe de Estado". Após a desmobilização, o presidente boliviano se juntou à população do lado de fora do palácio.

Tentativa de golpe de Estado

Militares bolivianos realizaram movimentações consideradas anormais nesta quarta-feira (26). Tanques e tropas foram colocados em frente à sede do governo, em La Paz.

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Membros do exército entraram no Palácio Quemado, sede do governo. Vídeos mostram policiais militares fardados usando escudos para fechar o local e impedir que outras pessoas entrem na praça Murillo, onde fica o prédio do governo. Um blindado foi usado para arrombar as portas e bombas de efeito moral estão sendo usadas contra manifestantes.

Ex-comandante do exército pediu "novo gabinete". Em frente ao Palácio Quemado, Juan José Zuñiga, que foi demitido na terça-feira (25), disse à imprensa que "vai trocar os ministros" e que "o país não pode continuar assim". Zuñiga disse ainda que vai liberar todos os que chamou de "presos políticos", e criticou figuras antigas da política boliviana, como Evo Morales.

Luis Arce, presidente da Bolívia, escreveu que as movimentações são "irregulares". "Denunciamos mobilizações irregulares de algumas unidades do exército boliviano. A democracia deve ser respeitada", publicou em suas redes sociais.

Ex-presidente Evo Morales convocou mobilização contra "golpe de Estado". "Convocamos uma Mobilização Nacional para defender a Democracia frente ao golpe de Estado que é gestado e liderado pelo general Juan José Zuñiga, comandante do exército", afirmou em outra mensagem na rede social.

*Com informações da AFP

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