China liberta três americanos detidos injustamente
A China libertou três americanos que tinham sido detidos por engano, segundo Pequim, e que serão trocados por cidadãos chineses sob custódia dos Estados Unidos, informou uma fonte próxima ao caso nesta quarta-feira (27).
O Departamento de Estado e a Casa Branca confirmaram a libertação de Mark Swidan, Kai Li, e John Leung, um feito importante do governo em fim de mandato do presidente americano, o democrata Joe Biden.
Eles são os últimos prisioneiros qualificados pelo Departamento de Estado como detidos injustamente na China, embora ativistas e familiares afirmem que há outros casos.
"Voltarão em breve e se reunirão com suas famílias pela primeira vez em muitos anos", disse um porta-voz do Departamento de Estado às vésperas do Dia de Ação de Graças, um feriado nacional nos Estados Unidos, no qual as famílias costumam se reunir.
"Graças aos esforços deste governo e à diplomacia com a República Popular da China, todos os americanos detidos injustamente estão em casa", acrescentou o funcionário.
Uma fonte próxima ao caso informou que os três indivíduos foram libertados em troca de três cidadãos chineses sob custódia americana, cujas identidades não foram reveladas.
Swidan foi detido no fim de 2012 em uma viagem de negócios à China por acusações relacionadas com drogas. Sua família e aqueles que o apoiam afirmam que nunca houve provas contra ele e que ele foi acusado por seu motorista e seu intérprete.
No início de sua detenção, Swidan foi privado de sono e comida e perdeu mais de 45 kg, segundo o grupo de defesa dos direitos humanos Dui Hua.
Em setembro, os Estados Unidos haviam conseguido a libertação do pastor David Lin, outro cidadão considerado detido injustamente desde 2006.
O governo Biden esperava conseguir a libertação dos prisioneiros antes do fim do seu mandato, no fim de janeiro. O presidente democrata apresentou os casos ao presidente chinês, Xi Jinping, durante a última reunião que teve com ele à margem da cúpula do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), no Peru.
sct/dw/nn/mar/mvv/aa
© Agence France-Presse
Deixe seu comentário