EUA anuncia ajuda militar adicional de US$ 725 milhões para Ucrânia

Os Estados Unidos anunciaram, nesta segunda-feira (2), uma ajuda militar adicional para a Ucrânia de US$ 725 milhões (R$ 4,4 bilhões, na cotação atual) que inclui mísseis e minas, informou o secretário de Estado, Antony Blinken.

"Os Estados Unidos proporcionam um novo lote importante de armas e equipamentos (...) Esta ajuda adicional (...) está estimada em 725 milhões de dólares", afirma Blinken em um comunicado.

Faltando menos de dois meses para a posse do presidente eleito Donald Trump, a administração do democrata Joe Biden declarou que quer "garantir que a Ucrânia tenha as capacidades necessárias para se defender da agressão russa".

No mês passado, os Estados Unidos anunciaram a primeira entrega de minas terrestres à Ucrânia, uma decisão criticada por organizações de direitos humanos. As minas antipessoais são dispositivos explosivos que podem matar e mutilar pessoas muito tempo após o fim dos conflitos armados.

O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, considerou a medida necessária, justificando que as forças russas realizam operações com unidades de infantaria a pé em vez de veículos.

O presidente em fim de mandato, Joe Biden, está tentando acelerar a entrega de ajuda à Ucrânia.

Jake Sullivan, assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, mencionou um total de US$ 6 bilhões (R$ 36,3 bilhões) a serem gastos antes do final de janeiro.

"Até o fim desta administração, eles tentarão enviar tudo o que estiver disponível", como veículos blindados e munições para armas leves, "que a Ucrânia precisa e os Estados Unidos possuem em grandes quantidades", afirmou à AFP Mark Cancian, do Centro de Estudos Internacionais e Estratégicos (CSIS).

As declarações de Trump sobre a Ucrânia levantaram preocupações em Kiev e na Europa sobre o futuro do apoio americano durante sua administração.

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No domingo, o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, afirmou que seu país precisa de garantias de segurança da Otan e de mais armas para se defender antes de uma possível negociação com a Rússia.

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© Agence France-Presse

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