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Wajngarten: "Investigação vai mostrar que não houve irregularidade"

Fábio Wajngarten - Marcelo Camargo/Agência Brasil
Fábio Wajngarten Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Da Agência Brasil, em Brasília

04/02/2020 20h48

O secretário especial de Comunicação Social da Presidência, Fabio Wajngarten, afirmou hoje (4), por meio de nota, que a abertura de inquérito pela Polícia Federal (PF) para investigar suspeitas de irregularidades sobre ele será uma oportunidade de provar que não cometeu qualquer irregularidade.

"A abertura de inquérito pela Polícia Federal é mais um passo na rotina do processo de investigação solicitado pelo Ministério Público Federal do Distrito Federal em 28 de janeiro passado. Será a oportunidade que terei para provar que não cometi qualquer irregularidade na minha gestão à frente da Secretaria Especial de Comunicação da Presidência da República (Secom) desde abril do ano passado", informou Wajngarten.

No mês passado, matéria veiculada pelo jornal Folha de S. Paulo apontou suposto conflito de interesse na participação de Fabio Wajngarten como sócio em uma empresa de marketing. De acordo com a reportagem, a FW Comunicação e Consultoria, fundada por Wajngarten, tem como clientes emissoras de televisão e agências de publicidade, que são empresas que também recebem recursos de publicidade oficial do governo federal.

Pela legislação atual, ocupantes de cargos comissionados no governo não devem manter negócios com pessoas físicas ou jurídicas que possam ser afetadas por suas decisões. A prática pode implicar conflito de interesses e configurar ato de improbidade administrativa, se for demonstrado algum benefício indevido. A lei também determina que um possível choque de interesse entre público e privado seja informado pelo próprio servidor ao governo. O secretário voltou a negar qualquer irregularidade na liberação de verbas publicitárias do governo federal.

"Como será comprovado, não há qualquer relação entre a liberação de verbas publicitárias do governo e os contratos da empresa FW Comunicação —da qual me afastei conforme a legislação determina— que são anteriores à minha nomeação para o cargo, como pode ser atestado em cartório. Tenho um nome a zelar, um trabalho de mais de 20 anos no mercado, o seu respeito e reconhecimento. Confio no trabalho da Polícia Federal e na decisão do Ministério Público Federal do Distrito Federal", acrescentou o titular da Secom.