Há relação nos ataques de Osasco (SP) que deixaram oito mortos, diz polícia
Em São Paulo
A polícia acredita que os seis ataques que mataram oito homens e deixaram dois feridos na madrugada desta quinta-feira (12) em Osasco (SP) têm relação e tenham sido planejados pelos mesmos autores. As informações são do delegado seccional de Osasco, Mauro Guimarães Soares, que falou com a imprensa na tarde de hoje em encontro com jornalistas, e afirmou que foram 10 pessoas atingidas pelos disparos. "A gente presume que sejam os mesmos autores [dos crimes], pelo horário que eles aconteceram, além da proximidade entre os bairros e pelo modus operandi. Seria um ou dois grupos em combinação", disse o delegado Soares.
Segundo ele, testemunhas e vítimas informaram se tratar de um grupo de seis pessoas. "Tudo indica, que seis pessoas usavam um carro popular --um Palio ou Corsa-- vermelho ou vinho, e uma motocicleta de grande cilindrada". A informação foi dada à polícia por duas das vítimas que sobreviveram aos ataques. Algumas testemunhas teriam visto um integrante a pé, mas a polícia presume que o suspeito seria o garupa da motocicleta.
Ainda é cedo para afirmar que os crimes possam ter sido assassinatos encomendados, mas, segundo Soares, "as vitimas poderiam nem conhecer os autores e os autores não conheciam as vitimas". Inicialmente, a Polícia Militar informou que as pessoas baleadas eram torcedores do Palmeiras e que estariam comemorando o título do time na Copa do Brasil, conquistado na noite de quarta-feira. Pela manhã, a corporação divulgou nota corrigindo a informação, informando que "em nenhuma das ocorrências havia torcedores do Palmeiras".
Agentes da Delegacia Seccional de Osasco, porém, informaram que uma das vítimas baleadas usava camisa do Palmeiras no momento dos crimes. Segundo a Polícia Civil, a maior parte dos homicídios parece ter acontecido em frente a bares e pontos de venda de drogas. A polícia acredita que a série de ataques não tenha relação com brigas de torcida. Durante a conversa com jornalistas, o delegado afirmou que "pessoalmente não acredito que tenha a ver com briga de torcida, mas não vamos descartar nada".