Pai disse que deu "tapas" para educar menino que morreu espancado no Rio, afirma delegado
Em São Paulo
O pai do menino de 2 anos que morreu após ser espancado na noite de terça-feira (17), na zona oeste do Rio de Janeiro, disse ter dado "tapas" na criança com o objetivo de a educar, por se tratar de um menino muito levado. "Mas há testemunhas que quebram esse argumento falando que ele era tranquilo e, mesmo assim, sempre aparecia com algumas marcas de agressões", afirmou o delegado que atendeu o caso no 32º Distrito Policial, Vilson Almeida Silva.
Conforme informações da polícia, o casal foi preso em flagrante e responde pelo crime de tortura com resultado de morte. O menino deu entrada no Hospital Cardoso Fontes, na Avenida Menezes Cortes, em Jacarepaguá, zona oeste do Rio, por volta das 16h da última terça, afirma a polícia.
O delegado afirma que a criança já chegou na unidade de saúde em estado de coma e com parada cardiorrespiratória. Ele foi entubado e passou por processo de reanimação, mas não resistiu às fraturas e ao traumatismo craniano, conta Silva.
Vizinhos e funcionários do hospital foram ouvidos como testemunhas. Segundo depoimentos de vizinhos e amigos da família, as agressões ao menino eram constantes. As testemunhas afirmaram ser frequentes os momentos em que a criança podia ser ouvida chorando e também barulhos que apontam os ataques.
Silva afirma ainda que a criança morava com o pai e a madrasta havia quatro meses. O menino antes morava com a mãe, uma garota de programa, no Espírito Santo. "Essa criança teria pego catapora e, quando a mãe viu que não poderia cuidar, entrou em contato com o pai, que já mantinha relacionamento com essa mulher há dois anos, para que ele cuidasse do filho", explicou o delegado.