Delegado é preso acusado de cobrar propina em Magé
Segundo a denúncia do MP-RJ, o grupo era lotado na 66ª DP (Piabetá), em Magé, e atuava exigindo dinheiro de comerciantes e prestadores de serviço da região. A cobrança de propinas teria começado em fevereiro do ano passado. De acordo com as investigações da Corregedoria, o delegado Carlos Alberto Quelotti Villar, à época titular da 66ª DP, chefiava as ações, dando ordens aos inspetores Renato de Simone, Eduardo de Simone, Lucimar de Souza, Adilson de Freitas Silva e Gustavo de Azeredo Lima.
Já Heldongil Azevedo Aleixo, conhecido como Cigano, tinha livre acesso à delegacia e agia como se fosse policial, utilizando armas de fogo. Ainda de acordo com a denúncia do MP-RJ, Cigano era o único da quadrilha a manter contato pessoal com as vítimas. Para intimidá-las a pagar propina, ele utilizava uma arma. As propinas eram cobradas mensalmente, com valores que variavam entre R$ 100 e R$ 400. Proprietários de ferros-velhos; depósitos de gás, lan houses e mototaxistas eram os alvos preferidos.
Já o inspetor João Paulo Nascimento, o Paulão, mesmo depois de ser transferido para outra delegacia, continuou participando das ações.
Foram presos nesta quinta-feira o delegado Quelotti, os inspetores Eduardo, Lucimar, Adilson, João Paulo e Gustavo; e o falso policial Cigano. Já o inspetor Renato morreu recentemente. Todos os presos foram levados para o Presídio Bangu 8, na zona oeste do Rio de Janeiro.
De acordo com o corregedor da Polícia Civil, delegado Gilson Emiliano, os policiais responderão a processo administrativo-disciplinar, que pode culminar na sua demissão do serviço público.