Aumentam pretos e pardos com ensino superior, mostra Censo do MEC

Em Brasília

Dados do Censo da Educação Superior 2011, divulgados na tarde desta terça-feira pelo Ministério da Educação (MEC), apontam aumento no número de pretos e pardos jovens com ensino superior no País. Em 2011, 8,8% dos jovens de 18 a 24 anos autodeclarados pretos (conforme nomenclatura do IBGE) frequentavam ou já haviam concluído o ensino superior. Em 2004, a proporção era de 5%; e em 1997, de apenas 1,8%.

IBGE

As nomenclaturas "pretos", "pardos", "indígenas", "amarelos" e "brancos" são termos utilizados pelo IBGE em suas pesquisas e servem de referência em estudos que envolvam números do órgão.

Quando se analisam os números de jovens autodeclarados pardos, também se observa uma melhora - em 2011, 11% dos jovens pardos, de 18 a 24 anos, frequentavam ou já haviam concluído o ensino superior, ante 5,6% em 2004 e 2,2% em 1997.

Os números foram divulgados pelo governo um dia após a publicação de portaria que trata da Lei das Cotas nas universidades, que entra em vigor para o próximo vestibular.

"Isso (esse aumento) foi muito importante, mas eles (pretos e pardos) continuam muito abaixo do peso que têm na população. Muitas universidades públicas já tinham cotas. A nossa meta, agora, é que a participação de negros no nível superior seja a mesma do Censo do IBGE", disse o ministro da Educação, Aloizio Mercadante.

Entre 2010 e 2011, a matrícula no ensino superior cresceu 7,9% na rede pública e 4,8% na rede privada. Nesse período, a matrícula cresceu 6,4% nos cursos de bacharelado, 0,1% nos cursos de licenciatura e 11,4% nos cursos tecnológicos. Os cursos de bacharelado representam 66,9% das matrículas. Já os de licenciatura são 20,2%; os tecnológicos, 12,9%.

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