Casal morre eletrocutado por raio em praia de Bertioga
José Fernando Ferreira, um amigo do casal, que veio a Bertioga nesta segunda-feira para fazer o reconhecimento dos corpos, informou que o sonho dos amigos era construir uma casa em Itupeva, onde moravam. "Eles já haviam comprado um terreno e estavam na fase de planejamento da planta e da obra em si", disse. O corpo de Thiago foi liberado no final da tarde de segunda pelo Instituto Médico-Legal (IML) e será levado para Guaratinguetá, onde vai ser sepultado nesta terça (08). Já o corpo de Inês será levado para Portugal. A irmã de Thiago, Edilene Cristina da Costa, lamentava a ocorrência mas dizia que foi uma fatalidade, "que nada podia ser feito". O casal se conheceu nos Estados Unidos e estava casado há quatro anos. Inês dizia sempre que adotou o Brasil como seu país de coração. Ela estava muito animada com a construção da casa, mas não abria mão de seu lazer favorito, que era a praia.
A incidência de raios cresceu não só na Baixada Santista, no ano passado, mas em uma série de cidades com mais de 200 mil habitantes. Especialistas acreditam que o aumento da ocorrência de raios seja causado pela alta taxa de urbanização, apontada como responsável por tempestades cada vez mais intensas. Dados dos satélites mostram que o Brasil lidera o ranking de incidência de raios, com 57 milhões de ocorrências por ano. O segundo país é a República do Congo, com 43 milhões, seguido pelos Estados Unidos, com mais de 35 milhões de ocorrências anuais.
Bem antes da temporada de verão, e como faz anualmente, a Defesa Civil do Estado instalou faixas ao longo das praias da região, recomendando que os banhistas deixassem as praias no decorrer das chuvas e dos temporais, uma vez que anualmente, os raios atingem e matam turistas nas praias do litoral.
Receba notícias do UOL. É grátis!
Veja também
- Líder de Lula no Senado nega lista para PGR e elogia Aras: 'Prestou importante serviço'
- Caso Vaza Jato: juiz solta hacker que vazou mensagens de Moro e Deltan
- Gilmar desarquiva investigação sobre omissão de Bolsonaro e Pazuello na pandemia
- Eduardo Bolsonaro é alvo de ações por comparar professores a traficantes