Com 3 anos de internação, assassino de Glauco é liberado
A desinternação era prevista desde março, quando encerrou o período de três anos de medida de segurança, internação exigida para doentes mentais infratores. O assassinato ocorreu em 12 de março de 2010. A liberação foi determinada na quarta-feira, 07, pela juíza Telma Aparecida Alves, titular da 4ª Vara de Execuções Penais de Goiânia.
O advogado de Cadu, Gustavo Henrique Badaró, estava viajando nesta sexta-feira, 09, não foi encontrado para dizer se o rapaz já teve alta da clínica particular onde estava internado e se ficará na casa da família em Goiânia, ou se o defensor vai solicitar autorização para que ele se mude. "Podemos autorizar (a mudança para outras cidades), como ocorreria com qualquer pessoa que foi absolvida, como ele", explicou a magistrada. A absolvição ocorreu quando ele ainda estava no Paraná.
Periculosidade
Além dos prazos legalmente previstos pelo Código Penal, a juíza Telma Aparecida disse que levou em consideração os relatórios psiquiátricos que assinalavam que a periculosidade da esquizofrenia sofrida por Cadu estava sob controle e que ele não oferece ameaça. Também pesou uma avaliação pela junta médica do Tribunal de Justiça, ocorrida em junho.
Entretanto, a juíza disse que a alta hospitalar tem restrições, tais como continuar o tratamento ambulatorial e visitar o médico todos os meses, enviando o relatório a 4ª Vara, sob pena de voltar a ser internado.
Da decisão de livrar Cadu da internação não cabe recurso judicial.
Diagnosticado com esquizofrenia paranoide, Cadu havia sido considerado inimputável pelas mortes, a tiros, ocorridas durante um surto psicótico, após consumir maconha, haxixe e uma mistura de ervas fornecida pela igreja Céu de Maria, fundada por Glauco, que seguia a doutrina do Santo Daime e oferecia aos praticantes um chá alucinógeno.
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