Topo

Duque e lobista tiveram offshores abertas por empresa alvo da Lava Jato

O ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque - Sergio Lima/Folhapress
O ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque Imagem: Sergio Lima/Folhapress

De Brasília e São Paulo

27/01/2016 10h47

O delegado da Polícia Federal Igor Romário de Paula, da força-tarefa da Lava Jato, disse nesta quarta-feira (27) que o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, o lobista Mário Goes e o ex-gerente executivo da estatal Pedro Barusco tiveram offshores abertas pela Mossack Fonseca - umas das empresas que é alvo da 22ª fase da operação, iniciada hoje.

São também alvos de mandados de busca e apreensão, a Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop) e o Grupo OAS. O ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto presidiu a Bancoop entre 2004 e 2008. Durante sua gestão verbas destinadas à construção dos edifícios de apartamentos dos cooperados teriam sido desviadas.

Vaccari é réu por corrupção, lavagem de dinheiro e estelionato em ação penal por suposto desvio de R$ 70 milhões da Bancoop, na 5.ª Vara Criminal de São Paulo. Vaccari nega ilícitos durante sua gestão na presidência da Cooperativa, entidade criada nos anos 1990 por um núcleo do PT.

Em São Paulo, foi presa temporariamente (com detenção válida por 5 dias) Neuci Warken, que consta como proprietária do triplex 163 B no Condomínio Solaris, da OAS, no Guarujá. O apartamento que seria do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o tríplex 164 A, na torre vizinha.

Além de Neuci, foram detidos também Ricardo Honório Neto e Renata Pereira Brito. Eliana Pinheiro de Freitas e Rodrigo Andrés Hernandez foram conduzidos coercitivamente.

Com registro lançado no controle de fronteiras para identificação assim que entrarem no País, a PF anotou os nomes de Maria Mercedez Quijano e Ademir Auada, suspeitos que estão no exterior. Um investigado, Luis Fernando Hernandez Rivero, ainda não foi localizado.