Composto alimentar será distribuído em escolas a partir deste mês, diz Doria
Disponível em versões em pó, granulada ou processada na forma de macarrão e biscoito, o composto será utilizado como complemento e substituto de parte da merenda escolar. A secretária municipal de Direitos Humanos e Cidadania, Eloísa Arruda disse que será estudada, por exemplo, a substituição do macarrão comprado para as escolas pela versão doada pela Sinergia, organização da sociedade civil de interesse público (Oscip) que detém a patente do produto.
Segundo a fundadora da Sinergia, Rosana Perrotti, a indústria alimentícia irá pagar para a Oscip realizar o processo de transformação dos alimentos, que seriam descartados, em farinha ou granulado. Ela não especificou, contudo, qual é o custo do processo, que, segundo ela, é mais barato que o descarte. A empresária reafirmou, ainda, que o produto é "seguro" e respeita todos os padrões de produção da indústria.
Doria disse que inicialmente as empresas participantes não receberão nenhum tipo de isenção ou incentivo fiscal, embora essa possibilidade esteja prevista na Lei 16.704/17, sancionada na semana passada dentro do programa Alimento para Todos.
Sem antecipar prazos, o prefeito ressaltou que o produto também deve ser distribuído em outros equipamentos sociais, como espaços que acolhem pessoas em situação de vulnerabilidade.
D. Odilo Scherer
O cardeal d. Odilo Scherer, que também estava na entrevista coletiva concedida na Cúria de São Paulo, voltou a declarar que apoia o projeto da Sinergia há pelo menos quatro anos e afirmou que o composto alimentar já está sendo adotado nos sítios da Missão Belém, que acolhe pessoas em situação de vulnerabilidade social. "Eu fico ofendido quando dizem que é ração. Desrespeitar o pobre é lhe negar o alimento, é a fome", declarou.
No mesmo evento, Doria e o cardeal provaram uma torrada feita com o composto, que também foi distribuída a jornalistas antes da coletiva sem a informação de que era produzida com a farinata.
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