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Irmão de Lula morre em SP e ex-presidente deve pedir para ir a enterro

São Paulo

29/01/2019 14h48

Genival Inácio da Silva, um dos irmãos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, morreu aos 79 anos nesta terça-feira, 29, vítima de um câncer no pulmão. Genival era conhecido como "Vavá" e, assim como Lula, também foi metalúrgico. A informação foi confirmada pelo Instituto Lula nesta tarde.

Em junho de 2007, Vavá foi alvo da Operação Xeque-Mate e teve a casa vasculhada pela Polícia Federal. Documentos foram apreendidos em sua casa e ligações interceptadas por agentes da operação que investigava esquema irregular em máquinas de caça-níqueis. No final, Vavá acabou não sendo denunciado ao Ministério Público por falta de provas.

Ao avaliar a situação do irmão, Lula disse na época que Vavá era um lambari em meio a um "cardume de pintados". "O Vavá nessa história me parece mais um lambari que foi pego. Qual a vantagem? É um lambari especial porque é irmão do presidente", afirmou.

Nesta terça-feira, a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), escreveu em suas redes sociais que Lula tinha em Vavá uma "figura paterna" e deu indícios de que o ex-presidente pode pedir para ir ao enterro do irmão. "Mais uma tristeza para Lula. Morre seu irmão mais velho, Vavá, vítima de um câncer. Lula tinha em Vavá uma figura paterna. Nossos sentimentos à família. Abraço afetuoso e de força a Lula. Esperamos que ele possa ver Vavá pela última vez".

Lula e o Nobel da Paz

Nesta terça, "Lula Nobel da Paz" tornou-se um dos assuntos de maior repercussão nas redes sociais após o jornal francês L'Humanité estampar em sua capa uma reportagem sobre o tema. Na matéria, o jornal exalta o empenho do ex-presidente brasileiro no combate à fome, classificando o programa Fome Zero como um sucesso.

Quem pede a candidatura do ex-presidente é o artista argentino Adolfo Pérez Esquivel, que foi agraciado com o Nobel da Paz em 1980 por sua participação na criação do Servicio Paz y Justicia en América Latina, dedicado à defesa dos direitos humanos. Até o momento, a petição no site Change.org já contabiliza mais de 500 mil assinaturas e vai até o dia 31 de janeiro.