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Dado do Inpe 'precisa ser melhor trabalhado', diz ministra da Agricultura

A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina (DEM) - Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina (DEM) Imagem: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

Clarice Couto e Tereza Cristina

05/08/2019 12h30

Ao comentar a questão da exoneração do diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Ricardo Galvão, e os dados de desmatamento da Amazônia, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse que o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, gravou um vídeo neste fim de semana "onde ele fala muito bem o que está acontecendo". "O Inpe é um instituto importante. Agora o Inpe colocou primeiramente os dados que são de alerta. Ou seja, não tem realmente a área desmatada. Pode ter sobreposição, enfim... Esse dado precisava ter sido mais bem trabalhado para ser colocado à disposição de todos."

A ministra deu essas declarações em entrevista coletiva após sua palestra no Congresso Brasileiro do Agronegócio, promovido em São Paulo pela Associação Brasileira do Agronegócio (Abag).

Tereza Cristina mencionou ainda que o governo tem várias ferramentas para avaliar o desmatamento. "No próprio Ministério da Agricultura temos também vários cadastros que precisam ser unificados para a gente colocar a informação correta para a população", disse. "O Inpe fez o seu papel, mas esse dado precisa ser melhor trabalhado para que a gente consiga colocar, não só para os brasileiros, para o Ibama, que faz a fiscalização, saber para onde ele vai", disse.

Ela acrescentou que o primeiro alerta é para o Ibama verificar se o desmatamento ocorreu ou não ocorreu. "Precisamos trabalhar melhor essas informações e colocar para a população e para o mundo para que não gere toda essa celeuma."

O governo Bolsonaro teve início em 1º de janeiro de 2019, com a posse do presidente Jair Bolsonaro (então no PSL) e de seu vice-presidente, o general Hamilton Mourão (PRTB). Ao longo de seu mandato, Bolsonaro saiu do PSL e ficou sem partido até filiar ao PL para disputar a eleição de 2022, quando foi derrotado em sua tentativa de reeleição.