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Tabata Amaral diz que há 'grande silêncio' do governo em pautas como educação

Tábata Amaral (PDT-SP) também cobra maior participação de mulheres na política - Agência Câmara
Tábata Amaral (PDT-SP) também cobra maior participação de mulheres na política Imagem: Agência Câmara

Bárbara Nascimento

São Paulo

23/11/2019 12h15

A deputada Tabata Amaral (PDT-SP) afirmou hoje, durante evento promovido pelo Centro de Lideranças Públicas (CLP), em São Paulo, que o governo tem sido ativo em pautas como infraestrutura e com viés econômico. Porém, tem havido "um grande silêncio" em áreas sociais, como educação. Por isso, disse ela, o legislativo teve de entrar ativamente na discussão e elaborar projetos nessa direção.

A deputada é autora de uma série de projetos que compõem a chamada "agenda social", apresentada nessa semana pela Câmara dos Deputados e que recebeu o apoio do presidente da Casa, Rodrigo Maia.

Segundo Tabata, a desigualdade tem aumentado como um todo na América Latina e a sociedade civil não tem se sentido representada pelos governos na solução desse problema. Em parte, afirmou, foi o que alimentou os conflitos em países como o Chile.

"Quando a gente olha, Câmara e Senado estão entrando (na tomada de iniciativas sobre o tema), é por necessidade. Quem está na ponta não se importa com essa burocracia. Presidente Maia está com essa mentalidade, de que não importa mais tanto que seja o executivo a fazer. Se é importante, vamos entrar", disse. "Há algumas pautas nas quais a gente tem um grande silêncio. Não tem nada de engraçado no que está acontecendo com o Ministério da Educação. Execução orçamentária baixíssima, não temos planejamento. O Congresso tem sim de entrar".

Sobre a questão da representatividade, Tabata disse ainda ser necessário ter mais mulheres na política. Afirmou que trabalhará para eleger mais representantes do sexo feminino nas eleições municipais do ano que vem.

Perseguição

A deputada afirmou que a decisão do Partido Democrático Trabalhista (PDT) de extinguir os processos abertos contra os deputados da legenda que votaram a favor da reforma da Previdência evidencia que houve perseguição política em relação a ela. A deputada aguarda decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para deixar o partido sem perder o mandato.

Ela ponderou que a decisão do PDT não muda sua situação ante o TSE e estimou em seis meses a decisão. Só então, disse, irá analisar uma nova legenda.

"Não muda absolutamente nada. A única coisa que eles fizeram foi sinalizar que não foi tão grave assim o que aconteceu. Acho que cabe a eles explicar à Justiça porque a perseguição pessoal em torno do meu nome. Mas não muda os prazos, não muda a minha defesa. Eles mostraram que foi sim por razões políticas, houve perseguição em relação a mim e eles agora expliquem o porquê, porque eu não entendi até hoje", disse.

A decisão do PDT extinguiu os processos abertos contra quatro dos oito deputados federais que votaram a favor da previdência. Os outros quatro recorrem à Justiça e só terão situação resolvida após decisão do TSE.