Críticas à ação da PM em Paraisópolis deixam Doria em saia justa durante evento
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), foi colocado em uma situação desconfortável em evento promovido pelas revistas IstoÉ e IstoÉ Dinheiro, nesta segunda-feira, 2, em São Paulo. Personalidades premiadas pelas publicações criticaram a operação da Polícia Militar do Estado, na madrugada de domingo, que deixou nove mortos em um baile funk em Paraisópolis, na zona sul da capital.
"Quando a vida de nove jovens é destruída, a gente falha como sociedade. Como paulista e como brasileira eu me sinto envergonhada. Peço desculpas a essas famílias", afirmou a deputada Tabata Amaral (PDT-SP), durante a entrega do prêmio Brasileiros do Ano, em um casa de shows em São Paulo. A parlamentar foi premiada como a Brasileira do Ano na Política. "No nosso Brasil que ainda é tão desigual, a cor da nossa pele determina não só o tamanho dos sonhos, mas o das nossas vidas", disse a deputada.
Outro homenageado da noite, o apresentador José Luiz Datena também lembrou do ocorrido em Paraisópolis, que qualificou como uma operação "absurdamente injusta e inaceitável", e emendou: "Cidadãos brasileiros que merecem seu espaço, eles só são lembrados quando acontece alguma tragédia". Após a fala, Datena foi um dos poucos a não ser cumprimentado pelos políticos presentes no palco, entre eles Doria, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o senador Álvaro Dias (Podemos-PR).
Doria evitou a entrada principal do evento, em meio a um pequeno protesto promovido por três mulheres, que carregavam cartazes com os dizeres "Doria genocida do ano" e "Dallagnol fascista do ano" - em referência ao procurador Deltan Dallagnol, também premiado.
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