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"Não queremos outro Battisti", diz Moro sobre extradição de terrorista espanhol

Leco Viana/Estadão Conteúdo
Imagem: Leco Viana/Estadão Conteúdo

Pepita Ortega

São Paulo

07/02/2020 18h17

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, disse hoje que a política do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) é de não dar abrigo ou refúgio a criminosos de qualquer tipo.

"Não queremos outro Battisti", postou Moro em sua página no Twitter, em alusão ao italiano Cesare Battisti, acusado em seu País pela morte de quatro pessoas. Battisti viveu no Brasil durante décadas, até ter seu decreto de extradição assinado pelo governo Michel Temer em 2018. O italiano acabou sendo preso na Bolívia no início de 2019 e mandado de volta à Itália.

O ministro da Justiça se referiu à extradição de Carlos Garcia Juliá, espanhol acusado de terrorismo em Madri no famoso massacre da rua Atocha.

O ataque a tiros, há 43 anos, resultou no assassinato de cinco pessoas e na tentativa de homicídio de outras quatro. O crime atribuído a um grupo de extrema-direita ocorreu em 24 de janeiro de 1977.

O comando armado invadiu um escritório de advocacia especializado em Direito do trabalho e que abrigava também militância do Partido Comunista no prédio 55 da rua Atocha.

Juliá foi preso pela Polícia Federal em dezembro de 2018. Nesta quinta, 6, a Polícia Federal extraditou o condenado por terrorismo, sob ordem do STF (Supremo Tribunal Federal).

"Não há lugar ou abrigo para terroristas no Brasil", comentou Moro em outro tuíte.

Errata: este conteúdo foi atualizado
O crime atribuído a Carlos Garcia Juliá aconteceu há 43 anos, e não 23 anos. A informação foi corrigida.