Prefeitura do Rio libera camelôs, mas comércio em geral segue fechado
A prefeitura do Rio de Janeiro liberou 14 mil vendedores ambulantes licenciados para retomar suas atividades na capital fluminense. Assim como a maior parte do comércio em geral, os camelôs não haviam sido contemplados na flexibilização da quarentena anunciada pelo prefeito Marcelo Crivella (Republicanos-RJ) no decreto assinado na segunda-feira, 1º, mas foram incluídos em edição extra do Diário Oficial no dia seguinte.
O relaxamento da quarentena autorizou o retorno às atividades apenas de lojas de móveis e decoração, além das concessionárias de veículos. Crivella considera que esse tipo de comércio não causa aglomeração, e a liberação permitiria o início de uma abertura que ele classificou como "lenta, gradual e com segurança".
O trabalho dos camelôs — que em muitos casos trabalham em bancas próximas umas às outras —, no entanto, pode causar aglomeração. E isso num momento em que a cidade do Rio apresenta aumento no número de mortes por covid-19.
Ontem, o estado bateu recorde de registro de óbitos pelo novo coronavírus: foram 324, elevando o total a 6.010 desde o início da pandemia. Ao todo, 59.240 casos da doença já foram confirmados, dos quais 32.951 apenas na capital.
O prefeito tem justificado a abertura gradual das atividades comerciais alegando que o município do Rio zerou a fila de espera para UTIs. Hoje, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a taxa de ocupação de leitos de UTI para covid-19 na rede SUS da cidade — que inclui unidades de saúde também geridas pelo Estado e pelo governo federal — é de 90%. Já a taxa de ocupação nos leitos de enfermaria para pacientes com suspeita de covid é de 55%.
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