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Aneel diz que respeita decisão de afastamento, mas que medida prejudica trabalhos

Justiça determinou afastamento da diretoria da Aneel devido aos apagões que afetaram 13 dos 16 municípios do Amapá - Emiliano Capozoli/Gemini
Justiça determinou afastamento da diretoria da Aneel devido aos apagões que afetaram 13 dos 16 municípios do Amapá Imagem: Emiliano Capozoli/Gemini

Amanda Pupo e Anne Warth

Brasília

19/11/2020 14h39

Após a Justiça Federal afastar por 30 dias a diretoria da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), o órgão afirmou em nota divulgada hoje que "respeita a decisão", mas ponderou que a medida gera "ruído" e prejudica os trabalhos em um momento em que todos os esforços deveriam estar concentrados no restabelecimento de energia no Amapá.

"A Aneel respeita a decisão da Justiça, mas ações como essa acabam gerando ruído e prejudicando os trabalhos em um momento em que todos os esforços deveriam estar concentrados no restabelecimento pleno do fornecimento de energia no Amapá", diz a nota.

No comunicado, a Aneel destacou também que os geradores que vão suprir emergencialmente o estado já estão na capital, Macapá, e que equipes da agência integram a comitiva do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, no Amapá hoje.

A agência afirmou ainda "que vai acompanhar o andamento dos trabalhos com vistas à plena normalização do atendimento". O órgão não comenta na nota se irá ou não recorrer da determinação.

A decisão de afastamento temporário da diretoria da Aneel veio do juiz federal de 1ª instância, João Bosco Costa Soares da Silva, que tomou a mesma medida em relação aos diretores do ONS (Operador Nacional do Sistema) em função do apagão que atingiu o Amapá.

A decisão foi dada para evitar interferência na apuração das responsabilidades pelo blecaute, justificou o magistrado.

No início do mês, um incêndio em uma subestação de energia da capital Macapá deixou 13 dos 16 municípios do estado no escuro. Nos últimos dias, o abastecimento ainda não havia sido regularizado 100% e vinha sendo feito pelo sistema de rodízio. Anteontem, o Amapá sofreu o segundo apagão em duas semanas.

A Justiça determinou o afastamento das diretorias no âmbito de uma ação popular movida pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).