Tabata e Rigoni fazem ofício a Maia por convocação da Câmara e de Pazuello
Os deputados Tabata Amaral (PDT-SP) e Felipe Rigoni (PSB-ES) pediram ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para que retome os trabalhos da Câmara antes do fim do recesso para o plenário convocar o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. A intenção é cobrar o ministro pela crise em Manaus, que entrou em colapso após faltar oxigênio no socorro a vítimas da covid-19.
O mesmo pedido foi protocolado no Senado pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE). O Congresso está em recesso legislativo até o início de fevereiro. Uma convocação extraordinária exige a aprovação de maioria absoluta da Câmara e do Senado, ou seja, 257 deputados e 81 senadores. O quórum é dificultado em meio à disputa pela sucessão do Congresso - a eleição está marcada para fevereiro.
"Enquanto o Ministério da Saúde se encontra em estado de paralisia e flagrante negacionismo em relação à pandemia do coronavírus e às suas consequências na vida dos brasileiros, o País acompanha apreensivo o colapso do sistema de saúde de Manaus, onde a população local padece de falta de insumos básicos para o combate efetivo à doença, como o oxigênio, o que torna a situação dos enfermos ainda mais dramática e penosa", diz o pedido dos parlamentares.
Além de Manaus, os congressistas pressionam o ministro a dar explicações sobre a vacinação contra o novo coronavírus. "Além da inação e inabilidade frente aos problemas emergenciais e complexos que resultam do descontrole da pandemia no País, o plano emergencial de vacinação apresenta vaguezas e inconsistências que aumentam as desconfianças e incertezas da população em relação a sua real efetividade e aplicabilidade na prática."
Mais cedo, Maia pediu ao presidente do Congresso, Davi Alcolumbre (DEM-AP), uma convocação mais restrita, apenas com a Comissão Representativa do Legislativo, formada por sete senadores e 16 deputados. Esse colegiado representa o Congresso durante o recesso e pode analisar medidas emergenciais. Isso aconteceu em 2010, quando a comissão aprovou o envio de tropas do Exército para o Haiti. Até o momento, Alcolumbre não se manifestou.
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