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Reforma administrativa só anda depois do Carnaval com instalação da CCJ da Câmara

03.fev.2021 - Os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (à esquerda), e da Câmara, Arthur Lira, em ato simbólico da assinatura de declaração conjunta das Casa  - Luis Macedo/Câmara dos Deputados
03.fev.2021 - Os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (à esquerda), e da Câmara, Arthur Lira, em ato simbólico da assinatura de declaração conjunta das Casa Imagem: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

Daniel Weterman e Camila Turtelli

Brasília

08/02/2021 14h03

A reforma administrativa só deve avançar depois do Carnaval na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara. Mais cedo, o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), anunciou que vai enviar a matéria na terça-feira (9) para o colegiado. A comissão, porém, ainda não foi instalada, o que deve ocorrer depois do feriado da semana que vem.

O ato de Lira permite que o texto seja analisado pela CCJ, que atesta ou não a admissibilidade da proposta. O andamento célere do assunto como quer Lira, no entanto, caberá a quem assumir o comando do colegiado. Lira quer emplacar a deputada Bia Kicis (PSL-DF), aliada do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), na vaga.

A parlamentar, porém, enfrenta resistências internas para ser eleita como presidente da CCJ por ser identificada com a ala ideológica mais radical no Congresso.

Em entrevista ao Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) na semana passada, Bia Kicis afirmou que a reforma administrativa será a primeira proposta pautada na comissão.

Depois da CCJ, a reforma ainda terá de ser analisada por uma comissão especial e pelo plenário da Câmara, para depois seguir ao Senado.

A reforma da Previdência, por exemplo, levou 56 dias para ser votada pela CCJ da Câmara, em 2019.

Ao atingir apenas futuros servidores e chegar desidratada no Legislativo, parlamentares projetam um caminho mais fácil para o texto que pretende modificar as regras para contratação, promoção e demissão de novos servidores públicos.