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YouTube remove vídeo da deputada Bia Kicis por desinformar sobre Covid-19

A deputada federal Bia Kicis (PSL-DF).  - Michel Jesus/Câmara dos Deputados
A deputada federal Bia Kicis (PSL-DF). Imagem: Michel Jesus/Câmara dos Deputados

Marcelo Fernandes

São Paulo

06/03/2021 14h50

O YouTube removeu, neste sábado (6), um vídeo postado pela deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) que, segundo a plataforma, promovia desinformação sobre a Covid-19. No vídeo, a deputada, indicada pelo PSL para assumir a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, fazia uma entrevista sobre vacinação com um médico negacionista da pandemia, chamado Alessandro Loiola.

O médico é autor do livro "Covid-19: a fraudemia", um compêndio de teses anticientíficas e teorias conspiratórias. Recentemente, o YouTube havia removido outra entrevista com Loiola, ao jornalista Luís Ernesto Lacombe.

Credita-se também a ele um tuíte que teria inspirado citação feita pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), em sua live de 25 de fevereiro, a um estudo alemão sobre efeitos colaterais do uso de máscaras. O artigo, que não havia sido revisado por pares acadêmicos nem publicado por revistas científicas, não prova a relação entre o uso de máscaras e os problemas mencionados em crianças.

"A minha resposta será no Parlamento, como uma deputada que seguirá lutando pela liberdade de expressão e contra os abusos daqueles que se julgam donos da verdade e querem transformar a ciência em uma ciência fascista, sem espaço para o debate e a pluralidade", disse a deputada Bia Kicis ao Estadão/Broadcast, reagindo à medida tomada pela plataforma de vídeos.

"O YouTube tem políticas claras sobre o tipo de conteúdo que pode estar na plataforma e não permite vídeos que promovam desinformação sobre a Covid-19", declarou a plataforma do Google, por meio de nota. "Desde o início de fevereiro, analisamos e removemos manualmente mais de 800 mil vídeos relacionados a afirmações perigosas ou enganosas sobre o vírus. É nossa prioridade fornecer informações aos usuários de maneira responsável, por isso continuaremos com a remoção de vídeos que violem nossas regras."