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Governador defende atuação da polícia após 28 mortes em operação no Jacarezinho

Castro afirmou ter determinado "total transparência ao processo" de investigação do caso, e disse ter conversado sobre a operação policial nesta sexta-feira com o procurador-geral da República - Rogerio Santana/Governo do Rio de Janeiro
Castro afirmou ter determinado "total transparência ao processo" de investigação do caso, e disse ter conversado sobre a operação policial nesta sexta-feira com o procurador-geral da República Imagem: Rogerio Santana/Governo do Rio de Janeiro

Fábio Grellet

07/05/2021 22h07

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PSC), defendeu a atuação da Polícia Civil durante a operação em que foram mortos 27 moradores da favela do Jacarezinho, na zona norte do Rio, na quinta-feira, 6; um policial também morreu na ação. "Antes de mais nada, é preciso deixar claro que a operação de ontem realizada pela Polícia Civil foi o fiel cumprimento de dezenas de mandados expedidos pela Justiça", afirmou Castro em vídeo de 1 minuto e 57 segundos divulgado na tarde desta sexta-feira, 7.

"Foram dez meses de trabalho de investigação que revelaram a rotina de terror e humilhação que o tráfico impôs aos moradores. Crianças eram aliciadas e cooptadas para o crime. Famílias inteiras eram expulsas de suas casas e mortas", seguiu o governador, atribuindo o confronto a criminosos.

"A reação dos bandidos foi a mais brutal registrada nos últimos tempos. Armas de guerra prontas para repelir a ação do Estado e evitar as prisões a qualquer custo. Em nenhum lugar do mundo a polícia é recebida com fuzis e granadas, quando vai cumprir seu papel", disse. A operação foi realizada para tentar prender 21 pessoas acusadas de tráfico de drogas.

Castro afirmou ter determinado "total transparência ao processo" de investigação do caso, e disse ter conversado sobre a operação policial nesta sexta-feira com o procurador-geral da República, Augusto Aras, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, o procurador-geral de Justiça do Rio, Luciano Mattos, e o defensor-geral do Estado, Rodrigo Pacheco. "O governo do Estado é o maior interessado em apurar as circunstâncias dos fatos", completou.