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Marcos do Val pede saída de Renan Calheiros da relatoria da CPI da Covid

Proposta de Marcos do Val foi para que Calheiros invertesse de posto com Randolfe Rodrigues, atual vice-presidente da CPI - Reprodução/Facebook/
Proposta de Marcos do Val foi para que Calheiros invertesse de posto com Randolfe Rodrigues, atual vice-presidente da CPI Imagem: Reprodução/Facebook/

Amanda Pupo e Matheus de Souza

Em Brasília

18/05/2021 10h41Atualizada em 18/05/2021 12h37

Na abertura da sessão de hoje da CPI da Covid, em que está sendo ouvido o ex-chanceler Ernesto Araújo, o senador Marcos do Val (Podemos-ES) sugeriu que a relatoria da comissão, nas mãos do senador Renan Calheiros (MBD-AL), fosse alterada.

Uma das propostas de Marcos do Val foi para que Calheiros e Randolfe Rodrigues (Rede-AP) trocassem de postos. Randolfe é vice-presidente da CPI.

Para argumentar pela troca, o senador disse que os convidados a falar na CPI estão "intimidados", uma vez que estão recorrendo ao STF (Supremo Tribunal Federal) para garantir o direito ao silêncio durante os depoimentos.

O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello conseguiu uma decisão favorável do STF, e a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Mayra Pinheiro, aguarda a mesma posição da Corte.

Em resposta à sugestão do colega, o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), saiu em defesa de Calheiros, e ironizou a observação feita pelo senador sobre o STF.

"É bom ver pessoas irem ao STF, pedir auxílio, porque até outro dia essas mesmas pessoas queriam tacar fogo e fechar o STF", comentou Aziz.

Ameaças

Omar Aziz também anunciou que será encaminhado à Polícia Federal o conjunto de ameaças que os membros da CPI têm sofrido. A decisão foi tomada após pedido do vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues, que relatou os problemas que os integrantes da comissão têm enfrentado.

A CPI da Covid foi criada no Senado após determinação do Supremo. A comissão, formada por 11 senadores (maioria era independente ou de oposição), investigou ações e omissões do governo Bolsonaro na pandemia do coronavírus e repasses federais a estados e municípios. Teve duração de seis meses. Seu relatório final foi enviado ao Ministério Público para eventuais criminalizações.