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Em ato pró-terceira via, MDB tenta frear conversas de setores partido com Lula

Luiz Inácio Lula da Silva em entrevista com Reinaldo Azevedo - Ricardo Stuckert/Twitter
Luiz Inácio Lula da Silva em entrevista com Reinaldo Azevedo Imagem: Ricardo Stuckert/Twitter

Marcelo de Moraes

26/08/2021 08h00Atualizada em 26/08/2021 08h44

Com o lançamento ontem do documento "Todos por um só Brasil", o MDB tenta marcar posição a favor da construção de uma terceira via na disputa presidencial fora da polarização entre Jair Bolsonaro (sem partido) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A partir deste posicionamento, a legenda busca não apenas participar da montagem de uma alternativa, mas também colocar um freio nas conversas políticas que setores do MDB vêm tendo com Lula.

Nos últimos dias, o ex-presidente se reuniu com importantes lideranças emedebistas, como Roseana Sarney, Garibaldi Alves e Eunício Oliveira, entre outros. Como Lula é politicamente forte no Nordeste, líderes emedebistas locais têm aceitado discutir a sucessão de 2022 com o ex-presidente, que hoje lidera as pesquisas de intenção de voto.

O problema é que esse movimento contraria a opinião de parte da cúpula do MDB, que defende a participação na candidatura de uma terceira via. Para isso, inclusive, o MDB já estuda organizar um evento nas próximas semanas para apresentar a pré-candidatura da senadora Simone Tebet (MS) dentro das opções para a terceira via, mas sem impor seu nome como cabeça de chapa.

O presidente do MDB, deputado Baleia Rossi (SP), disse que o partido é contra qualquer radicalização política dentro de todo o espectro político. Baleia citou que tem feito parte da discussão de um grupo de nove partidos em torno da construção da terceira via. E acredita ser importante o fato de o partido apresentar um documento com suas propostas para o Brasil em vez de "fulanizar" o processo eleitoral e tendo de adaptar o partido às ideias prévias de um candidato.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.