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Moraes prorroga novamente inquérito das milícias digitais contra bolsonaristas

Alexandre de Moraes, durante sessão da 1ª turma em 2019 - Rosinei Coutinho/STF
Alexandre de Moraes, durante sessão da 1ª turma em 2019 Imagem: Rosinei Coutinho/STF

Rayssa Motta

Do Estadão Conteúdo, em São Paulo

10/01/2022 22h16

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu prorrogar por mais 90 dias o inquérito das milícias digitais. O prazo para conclusão da investigação já havia sido estendido em outubro, mas chegaria ao fim neste mês.

No despacho, o ministro diz que a decisão foi tomada considerando a 'existência de diligências em andamento'.

A investigação foi aberta em julho do ano passado depois que o procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu o arquivamento do inquérito dos atos antidemocráticos. Na prática, as duas apurações estão relacionadas, uma foi instaurada a partir da outra, e ambas atingem aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL).

O inquérito das milícias digitais se debruça sobre a atuação de grupos bolsonaristas na internet. A suspeita é que apoiadores do presidente tenham se organizado nas redes sociais para incentivar ataques contra as instituições e a democracia. A apuração também investiga se a articulação recebeu dinheiro público.

Um dos principais reveses sofridos pelo Planalto na investigação ocorreu no mês passado, quando a delegada federal Denisse Dias Rosas, responsável pelo caso, sugeriu que o próprio presidente seja investigado por promover desinformação sobre o sistema eletrônico de votação. A investigação também pegou o blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, foragido nos Estados Unidos, e o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB), preso em agosto.