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Queiroga: Se aprovada pela Anvisa, CoronaVac pediátrica pode entrar no PNI

Ministro Marcelo Queiroga também negou que a vacinação das crianças será exigência para o retorno às aulas - Mateus Bonomi/Reuters
Ministro Marcelo Queiroga também negou que a vacinação das crianças será exigência para o retorno às aulas Imagem: Mateus Bonomi/Reuters

Matheus de Souza

Estadão Conteúdo, São Paulo

17/01/2022 11h20Atualizada em 17/01/2022 12h13

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que, com a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a vacina pediátrica da CoronoVac pode ser incluída no Plano Nacional de Imunização (PNI). Ele também garantiu que o uso do imunizante não será condicionado a uma audiência pública. "A questão da audiência pública foi justamente para ampliar a discussão sobre um tema que é sensível", justificou o ministro após descartar um novo processo desse tipo.

"Uma vez havendo aprovação da Anvisa, o ministério vai analisar o inteiro teor desta aprovação para que essa ou qualquer outra vacina que seja aprovada para qualquer faixa etária seja disponibilizada para população brasileira", disse.

Em entrevista à CNN Brasil, Queiroga também negou que a vacinação das crianças possa ser uma exigência para o retorno às aulas. Seguindo a agenda do governo, o chefe da Saúde afirmou que a vacinação infantil não é obrigatória, "então é desarrazoável associar a vacinação com aulas". "As aulas devem acontecer, a segurança existe", disse.

Erro na vacinação

Na Paraíba, onde 48 crianças foram vacinados de forma irregular contra a covid-19, Queiroga afirmou que estava no Estado para outras agendas quando tomou conhecimento do fato. O ministro disse que já visitou o município de Lucena, onde foram aplicadas as vacinas, e conversou com o prefeito e as autoridades de saúde locais.

Queiroga informou que as crianças que tomaram a vacina destinada a adultos devem ser acompanhadas de perto para averiguar a ocorrência de possíveis efeitos adversos. O ministro também afirmou que foi instaurado um processo administrativo no Ministério Público Federal (MPF) para apurar responsabilidades.

"Naturalmente que nós não queremos aqui buscar punição de ninguém, mas claro que precisa ser averiguado para que fatos como esse não voltem a acontecer", disse.