Cracolândia: operação da polícia na Praça Princesa Isabel tem 20 presos
Cerca de 650 policiais civis e militares iniciaram na madrugada de hoje uma nova fase da operação contra o tráfico de drogas na Nova Cracolândia, no centro de São Paulo. O foco foi a Praça Princesa Isabel, para onde traficantes e dependentes químicos migraram em março. Pelo menos 20 pessoas foram presas. Guarda Civil Metropolitana e funcionários da Prefeitura também participam da ação.
A movimentação começou por volta das 4h30. Moradores contam que foram acordados com o barulho de helicópteros que sobrevoavam a região, mas afirmam que não houve confrontos. De acordo com Alexis Vargas, secretário executivo de Projetos Estratégicos da Prefeitura de São Paulo, o objetivo é cumprir 36 mandados de prisão e retirar as barracas onde é realizada a venda de drogas a céu aberto.
Os vinte detidos foram levados para o 77º DP, na região de Santa Cecília. Também foram apreendidos pacotes de drogas e balanças. Policiais também se concentram na Praça Júlio Prestes, o antigo endereço da Cracolândia. O objetivo é impedir a volta dos usuários à região da estação da Luz. A ação faz parte da Operação Caronte, que combate o tráfico de drogas na região.
Por causa da ação, diversas ruas do centro foram bloqueadas e linhas de ônibus estavam sendo desviadas em razão de ação policial na Av. Rio Branco com a Pça. Princesa Isabel e na Rua Helvétia com a Rua Guaianases. No início da manhã, 30 linhas chegaram a ser desviadas.
Neste mês, numa tentativa de dar resposta rápida à alta de roubos e furtos, o governador Rodrigo Garcia (PSDB) mudou os comandos das Polícias Civil e Militar. A saída do tráfico das ruas Cleveland, Dino Bueno e Helvétia e na praça Júlio Prestes, que era o coração da Cracolândia, foi motivada por uma ordem, em meados de março, da facção criminosa que comanda o tráfico no centro da cidade.
Em abril, o Estadão mostrou que a mudança de endereço dos traficantes e usuários de drogas da Luz para a Praça Princesa Isabel, no centro de São Paulo, inverteu o cotidiano das duas regiões. Quem vive perto do novo local de comércio de drogas relata alta de roubos e furtos. Já os moradores do entorno da antiga Cracolândia contam que conseguem dormir mais e melhor sem o barulho das brigas dos dependentes químicos.
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