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Delegada que tinha R$ 1,8 milhão é exonerada de cargo na prefeitura do Rio

A delegada licenciada da Polícia Civil do Rio de Janeiro Adriana Belém foi presa com cerca de R$ 1,8 milhão em espécie em sua casa - Reprodução/TV Brasil
A delegada licenciada da Polícia Civil do Rio de Janeiro Adriana Belém foi presa com cerca de R$ 1,8 milhão em espécie em sua casa Imagem: Reprodução/TV Brasil

Do UOL, em São Paulo

11/05/2022 08h32Atualizada em 11/05/2022 08h49

Presa ontem após operação do MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro), a delegada licenciada Adriana Belém foi exonerada do cargo de assessora que ocupava na Secretaria Municipal de Esportes do Rio. A decisão foi publicada na edição de hoje do Diário Oficial do Município.

Como assessora na pasta, Adriana tinha salário de R$ 10 mil brutos. Apesar de licenciada da Polícia Civil, ela também recebe salário de R$ 27 mil líquidos da corporação.

A policial é acusada de corrupção passiva por receber propina para liberar máquinas caça-níquel apreendidas na 16ª DP em 2018. Adriana foi presa com cerca de R$ 1,8 milhão em espécie em sua casa, em um condomínio na Barra da Tijuca, zona oeste da capital fluminense. O dinheiro estava dentro de sacolas de lojas de roupas de grife e em uma mala.

Para os promotores de Justiça, "o valor encontrado na residência de Belém é um forte indício de lavagem de dinheiro".

Adriana, que atuou como delegada por 23 anos, decidiu se afastar da 16ª DP em 2020, após seu braço direito na unidade e chefe do Setor de Investigação, Jorge Camilo Alves, ser preso na Operação Intocáveis 2. Na ocasião, ele foi um dos 33 detidos na operação contra a milícia de Rio das Pedras, na zona oeste do Rio.

Alves foi flagrado em conversas telefônicas com Ronnie Lessa, PM reformado réu pela morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018.

Adriana Belém será representada pelas advogadas Luciana Pires, que também defende o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) no caso da rachadinha, e Sandra Almeida. Elas relataram à colunista do UOL Juliana Dal Piva que a origem do dinheiro será esclarecida nos autos e que não há necessidade da prisão. Por isso, as defensoras vão entrar com um pedido de habeas corpus.

A Operação Calígula foi deflagrada ontem contra uma rede de jogos de azar comandada pelo contraventor Rogério de Andrade (foragido da Justiça) e que tem Lessa como integrante.