Janaina Paschoal escolhe 2 irmãos para suplentes ao Senado e diz temer atentado
A pré-candidata ao Senado Janaina Paschoal (PRTB) pretende indicar seus irmãos como suplentes do cargo e diz temer um atentado contra sua vida em um eventual mandato, o que justificaria sua decisão. "Meus suplentes serão Nohara Paschoal e Jorge Coutinho Paschoal, pois não desejarão minha morte para tomar meu lugar", ela disse ao Estadão. A convenção partidária para oficializar sua candidatura ocorre nesta sexta-feira, 5, às 18 horas.
A deputada estadual alega que seus irmãos são "honestos e competentes" e, assim como ela, possuem formação em Direito. A parlamentar assevera que, se eleita, quer cumprir seu mandato "até o fim", e que só sairia do cargo em caso de morte. "Se eu morrer, sei que são pessoas que não vão se vender. Então eu fico tranquila. Mas não quero morrer de morte matada", afirmou.
Não existe restrição para a indicação de parentes para exercer a suplência. Suplentes não recebem salário no Senado, a menos que o titular do cargo seja afastado e eles tomem posse.
Preterida pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) na chapa de Tarcísio de Freitas (Republicanos), que é o candidato do Planalto para o governo de São Paulo, a deputada estadual disputa a preferência do eleitor bolsonarista do Estado com o ex-ministro Marcos Pontes (PL), escolhido pelo chefe do Executivo para compor o palanque paulista. Sem o apoio do presidente da República, com quem divide convicções ideológicas, ela diz ser "independente" e estar "por sua conta e risco" na disputa.
Janaina afirma que vê possibilidade de Pontes ter sua candidatura impugnada pela Justiça Eleitoral. O ex-ministro é o único suplente do senador Giordano (MDB-SP) no Senado. Este, por sua vez, era suplente de Major Olímpio, que morreu de covid-19.
"Eu já fiz a pergunta: 'Ministro, se acontecer qualquer situação com o senador Giordano e o senhor for eleito, quem assume a outra cadeira de São Paulo?", afirmou. A parlamentar, contudo, diz não pretender acionar a Justiça contra a candidatura de Pontes. A avaliação de seu partido, o PRTB, é que a atitude poderia parecer "tapetão".
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