Topo

Esse conteúdo é antigo

Quem é Márcio França, ministro de Portos e Aeroportos do novo governo Lula

11.ago.2022 - O ex-governador de São Paulo Marcio França, candidato ao Senado, aplaude discurso em evento na USP - Simon Plestenjak/UOL
11.ago.2022 - O ex-governador de São Paulo Marcio França, candidato ao Senado, aplaude discurso em evento na USP Imagem: Simon Plestenjak/UOL

São Paulo

22/12/2022 15h22

Márcio Luiz França Gomes (PSB) foi escolhido como ministro de Portos e Aeroportos do novo governo Lula. O nome do ex-governador de São Paulo foi indicado pelo PSB, do qual o futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, também faz parte. Porém, a sigla sinalizou a Lula que a escolha de Dino, considerado um novato - ele era do PCdoB até 2021 -, foi uma escolha pessoal do presidente eleito. Seja como for, França mirava o Ministério das Cidades, visto como uma pasta "mais política".

Márcio França começou a carreira política em São Vicente. Ele foi prefeito da cidade da Baixada Santista, em São Paulo, por dois mandatos. Além disso, foi deputado federal, também por dois mandatos. Em 2014, foi eleito vice-governador de São Paulo, em chapa com Geraldo Alckmin (PSDB). Com a renúncia de Alckmin para disputar a Presidência, França virou governador. E concorreu à reeleição em 2018, mas perdeu no segundo turno para o tucano João Doria. França foi o primeiro governador do Estado de São Paulo a ser derrotado em uma tentativa de reeleição.

França tem 59 anos e é advogado formado pela Universidade Católica de Santos. Ocupou o cargo de secretário de Turismo de São Paulo. Neste ano, ele cedeu à pressão do PT e aceitou abrir mão da candidatura ao governo do Estado para concorrer ao Senado na chapa de Fernando Haddad (PT). Embora fosse favorito no pleito, foi superado pelo astronauta e ex-ministro da gestão Bolsonaro, Marcos Pontes (PL).

Após perder a eleição para o Senado, França afirmou que a nova composição da Casa, com perfil mais de direita e conservador, não será problema para a governabilidade de Lula. Ele citou, inclusive, o caso de Pontes que, em sua avaliação, deverá ser aliado do novo governo. "Pontes foi filiado ao meu partido durante 10 anos, então ele não tem nada a ver nem com Bolsonaro nem com coisa nenhuma. Estava lá naquele momento, quis tirar casquinha e pegou o finalzinho da casquinha", disse.