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Deputados que mentiram sobre ataque à Câmara serão responsabilizados, diz Lira

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) - Marina Ramos/Câmara dos Deputados
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) Imagem: Marina Ramos/Câmara dos Deputados

Iander Porcella

Brasília

16/01/2023 11h52

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta segunda-feira, 16, que os parlamentares que mentiram e divulgaram fake news sobre os ataques golpistas às sedes dos Três Poderes serão "chamados à responsabilidade".

Em coletiva de imprensa, Lira disse que deputados não podem divulgar fatos que "não condizem com a realidade".

Lira se referiu ao deputado eleito Abilio Brunini (PL-MT), que publicou nas redes sociais um vídeo no Salão Verde da Câmara e afirmou que não houve "praticamente nenhum estrago" no local. "É que, se você fica assistindo só na internet, parece que está tudo quebrado em Brasília. Mas não é verdade", diz Brunini, no vídeo.

"Todos que tiverem responsabilidades, vão responder, inclusive parlamentares que andam difamando e mentindo com vídeos dizendo que praticamente houve inverdades nas agressões que a Câmara dos Deputados sofreu no seu prédio. Então, esses deputados serão chamados à responsabilidade, porque todos viram a invasão, as cenas são terríveis, violentas, gravíssimas", disse Lira.

"Eles terão que ser chamados à responsabilidade porque, de qualquer maneira, é um parlamentar eleito e não pode estar divulgando fatos que não condizem com a realidade", emendou o presidente da Câmara, que visitou nesta segunda-feira um Batalhão da Polícia Militar localizado nas proximidades da Praça dos Três Poderes, junto com a governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão (PP), e o interventor federal na segurança do DF, Ricardo Cappelli.

Lira ressaltou, contudo, que a punição dos envolvidos nos atos golpistas será feita pela Justiça. "A Câmara tão somente vai contribuir para fornecer, como já fez, todas as evidências, filmagens, perícia, contribuir para a identificação dos culpados e ajudar na formulação de leis que impeçam que esses atos se repitam", afirmou.

Depois de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadirem e depredarem o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF), a preocupação agora, segundo Lira, é com a segurança da posse de deputados e senadores, da eleição da Mesa Diretora do Congresso e do início dos trabalhos no Judiciário em 1º de fevereiro.

"Temos de ter a clareza de que muitas pessoas vão se deslocar, de todos os lugares do Brasil, para Brasília. É importante que todos nós estejamos atentos, com um plano de segurança preventivo bastante rígido", declarou Lira. "É importante que todos nós estejamos atentos, com um plano de segurança preventivo bastante rígido", emendou.