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Lira sobre STF decidir investigar Bolsonaro: 'Meu CPF é um, o dele é outro'

Do UOL, em Brasília

16/01/2023 11h03Atualizada em 16/01/2023 13h28

Alexandre de Moraes, do STF, determinou a inclusão de Jair Bolsonaro no inquérito sobre a autoria dos atos golpistas que resultaram na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes. Questionado sobre essa decisão, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), respondeu que "cada um responde pelo que faz".

O meu CPF é um. O do [ex-] presidente é outro. Nossa fala não muda: Todos que praticaram e contribuíram para esses atos de vandalismo devem ser severamente punidos."
Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados

Lira foi aliado de Bolsonaro nas últimas eleições, quando o ex-presidente foi derrotado por Lula.

"Todos que tiverem responsabilidade vão responder. Inclusive parlamentares que andam difamando e mentindo, com vídeo, dizendo que praticamente houve inverdades nas agressões que a Câmara dos Deputados sofreu em seu prédio. Então esses deputados serão chamados à responsabilidade, porque todos viram."

O STF acatou pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República), que vê o ex-presidente como suspeito de incitação ao crime após ter postado vídeo questionando as eleições dias depois dos ataques terroristas. Três horas depois, ele deletou a publicação.

Lira esteve hoje no 6º Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal, próximo à Câmara dos Deputados. Ele acompanhou a visita da governadora do DF em exercício, Celina Leão, e do interventor federal, Ricardo Cappelli.

Cappelli comentou sobre o conhecimento prévio por parte dos terroristas das salas localizadas em cada prédio.

Há indícios, e a investigação está apurando, de que as pessoas que invadiram tanto a Câmara quanto o Palácio do Planalto tinham conhecimento dos locais, conheciam a planta. Isso a investigação está apurando e irá nos auxiliar a identificar essas pessoas."
Ricardo Cappelli, interventor federal no DF

Celina Leão relatou dois projetos para o batalhão após a invasão aos prédios públicos:

  • Aumentar o efetivo de policiais presentes neste batalhão próximo ao Congresso Nacional. Hoje, são 248 homens, e o objetivo é dobrar o efetivo para 500 agentes;
  • Aumentar o orçamento previsto para pagamento de PMs que fazem trabalho de forma voluntária. Hoje, o DF empenha R$ 148 milhões, e a ideia é mover R$ 300 milhões para pagamento de agentes.