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Moraes autoriza depoimento de Anderson Torres ao TSE para 16/03

Moraes é relator de inquérito que investiga Anderson Torres - Reprodução
Moraes é relator de inquérito que investiga Anderson Torres Imagem: Reprodução

Lavínia Kaucz

Em Brasília

10/03/2023 16h08Atualizada em 10/03/2023 20h03

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a colher depoimento do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, em ação que pode tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível.

A oitiva foi marcada para a próxima quinta-feira, 16, às 10h, e será realizada por videoconferência. Na decisão, Moraes diz que está assegurado a Torres seu direito de ficar em silêncio. O ex-ministro também deve depor de forma privada à CPI sobre os atos golpistas na Câmara Legislativa do DF.

O pedido foi feito nesta quinta, 9, pelo corregedor-geral do TSE, Benedito Gonçalves. A ação investiga Bolsonaro por ataques ao sistema eleitoral realizados em reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada em julho do ano passado. O corregedor quer ouvir Torres a respeito do seu eventual envolvimento na reunião e sobre as circunstâncias relativas à chamada minuta de golpe apreendida em sua casa pela Polícia Federal. A inclusão do documento como prova contra Bolsonaro na investigação foi aprovada por unanimidade pelo TSE no mês passado.

Torres está preso no âmbito de inquérito sob relatoria de Moraes. O ex-secretário é suspeito de omissão na condução das forças de segurança pública em 8 de janeiro, quando extremistas invadiram e depredaram as sedes dos três Poderes em Brasília.

Gonçalves marcou para o mesmo dia, na sede do TSE, depoimentos do coronel Eduardo Gomes da Silva e dos servidores da Polícia Federal Ivo de Carvalho Peixinho e Mateus de Castro Polastro.

No âmbito dessa investigação, que é a mais avançada entre as 16 Ações de Investigação Eleitoral (Aijes) que tramitam contra Bolsonaro na Corte eleitoral, também já foram ouvidos os ex-ministros Ciro Nogueira, da Casa Civil, e Carlos França, das Relações Exteriores.