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Marcelo Odebrecht termina pena na Lava Jato após prestar serviços comunitários

5.dez.2019 - O empresário Marcelo Odebrecht - Eduardo Knapp - 5.dez.2019/Folhapress
5.dez.2019 - O empresário Marcelo Odebrecht Imagem: Eduardo Knapp - 5.dez.2019/Folhapress

Rayssa Motta

Em São Paulo

28/04/2023 17h31Atualizada em 28/04/2023 18h05

O executivo Marcelo Odebrecht passou dois anos trabalhando no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP) para cumprir a pena por corrupção, associação criminosa e lavagem de dinheiro imposta na Operação Lava Jato.

Marcelo foi delator do conluio de empreiteiras que pagou propinas a centenas de políticos em troca de contratos com a Petrobras.

Ele era presidente da construtora que leva o sobrenome da família quando a Lava Jato estourou em 2014 e prendeu os principais executivos do grupo.

Depois de uma temporada na prisão, o empresário passou a prestar serviços comunitários como parte do acordo de colaboração assinado com o Ministério Público Federal (MPF).

No Hospital das Clínicas, trabalhou no setor administrativo, entre 2021 e 2023, e terminou de cumprir a pena.

O hospital da USP tem um convênio com a Central de Penas e Medidas Alternativas da Justiça Federal de São Paulo (Cepema).

A parceria foi fechada em 2018 e, desde então, a instituição recebeu 50 pessoas autorizadas a prestar serviços comunitários ou a entidades públicas. O herdeiro do grupo Odebrecht é um deles.

O acordo de colaboração de Marcelo Odebrecht foi revisto em 2021 pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro Edson Fachin reduziu a pena de dez anos para sete anos e meio.

O benefício foi concedido porque o acordo previa uma 'cláusula de desempenho', ou seja, se as informações compartilhadas fossem úteis, a pena seria reduzida.