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Tarcísio troca um coronel por outro, e Casa Civil de SP tem novo número 2

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), trocou nesta quarta-feira, 21, o secretário-executivo da Casa Civil, segundo cargo mais importante na estrutura da pasta chefiada por seu braço direito, Arthur Lima (PP-SP). A substituição foi de um coronel por outro: Edilson José Costa deu lugar a Fraide Barrêto Sales.

Sales é amigo de longa data do governador e da mesma turma de Tarcísio no Exército. O coronel foi para a reserva em 2022.

Costa também era próximo do chefe do Executivo, com quem trabalhou no Ministério da Infraestrutura. Oficialmente, a Casa Civil informou que ele deixou a secretaria executiva da pasta "por decisão pessoal, para atuar no setor privado". O Estadão apurou, porém, que há possibilidade de ele ser remanejado para outro cargo no governo paulista.

Como o Estadão mostrou no ano passado, coube a Costa enviar uma mensagem no grupo de WhatsApp de todos os secretários-executivos da gestão exigindo que mandassem os nomes e os padrinhos políticos de cada servidor comissionado para que Tarcísio pudesse fazer uma série de trocas em cargos de terceiro e quarto escalões e acomodar indicados de deputados estaduais da base.

A Casa Civil tem como principal responsabilidade assessorar diretamente Tarcísio nas decisões do dia a dia. É da competência da Casa Civil, por exemplo, a articulação, o controle e a coordenação das atividades e dos trabalhos do governador. Para facilitar a transição, Sales já havia sido nomeado como assessor da pasta no dia 6 de fevereiro. O governador não se manifestou publicamente sobre a troca, papel que coube a Arthur Lima.

"Sua experiência e habilidades certamente contribuirão para a continuidade dos nossos objetivos e desafios", escreveu o secretário nas redes sociais. Lima também é amigo de Tarcísio há décadas e estudou com o governador na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman) e na Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEX).

Um integrante do Palácio dos Bandeirantes disse que a troca na secretaria executiva da Casa Civil não tem relação direta com o caso revelado pelo Estadão, no qual o secretário nomeou o advogado Duque Estrada, seu sócio em um escritório de advocacia, para os conselhos de administração da Desenvolve SP e da Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo (Prodesp).

Dois meses depois, o escritório fechou um negócio de R$ 20 milhões em um processo de funcionários contra a companhia aérea Varig. Segundo a Casa Civil, Arthur Lima está afastado do escritório e não recebeu honorários advocatícios porque não chegou a atuar no caso, que foi tocado por Duque Estrada.

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