País exportou 4,293 mi de sacas de café em março, recorde para o mês, diz Cecafé

São Paulo, 10 - O Brasil exportou 4,293 milhões de sacas de café em março, 37,8% acima do registrado em março do ano passado. Esse volume é recorde para o mês em toda a série histórica do boletim estatístico do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). O faturamento cresceu 35,2%, para US$ 913,6 milhões, ante US$ 675,7 milhões de março de 2023. Segundo o Cecafé, no acumulado de nove meses da safra 2023/24 o total exportado pelo País alcançou 34,974 milhões de sacas, 25,8% acima de igual intervalo da safra passada. O faturamento somou US$ 6,989 bilhões, alta de 9,4%.De janeiro a março deste ano, as exportações de café arábica chegaram a 9,199 milhões de sacas, 76,91% do total de café vendido ao exterior pelo Brasil e avanço de 27,8% ante o primeiro trimestre de 2023. Em seguida, vem o café canéfora, com 1,872 milhão de sacas, alta de 591,9% no igual período, o que representa 15,66% do total exportado no primeiro trimestre pelo Brasil. "Neste ano, tivemos o melhor março na história para as exportações dos cafés canéforas, o que também gerou o recorde nos embarques de conilon e robusta do Brasil no primeiro trimestre", disse o presidente do Cecafé, Márcio Ferreira, em nota. Na sequência, veio o café solúvel, com 879,4 mil sacas (queda de 4,4% e 7,35% do total), seguido pelo produto torrado e torrado e moído, com 9.221 sacas (-14,8% e 0,08% de representatividade), segundo o Cecafé."Dada a produção relevante de conilon na safra 2023/24, que pode se repetir no ciclo 2024/25, o Brasil tem conseguido atender à demanda internacional, suprindo dificuldades causadas pelos problemas climáticos na Indonésia e no Vietnã", acrescentou Ferreira.O presidente do Cecafé voltou a citar as adversidades logísticas no Brasil como desafio para o setor. Em março, de acordo com o Boletim Detention Zero (DTZ), elaborado pela ElloX Digital em parceria com o Cecafé, o índice de atrasos de navios com café nos complexos portuários brasileiros oscilou de 14%, no terminal de Salvador, a 81% nos portos do Rio de Janeiro (RJ).Segundo Ferreira, o nível de atraso ou alteração nas escalas dos navios que embarcam café no Porto de Santos, principal escoador nacional do produto, ficou em 80% no mês passado, o terceiro pior desde janeiro de 2023, envolvendo 90 porta-contêineres, sendo que o maior prazo de alteração de escalas foi de 39 dias.