Sem vice e sem Lula, Paes oficializa nome à reeleição

O PSD vai oficializar nesta sexta, 19, Eduardo Paes como candidato à reeleição para a prefeitura do Rio de Janeiro. Favorito com folga nas pesquisas de intenção de voto e com um recall político de três mandatos à frente da segunda maior cidade do País, Paes chega ao primeiro dia das convenções partidárias sem o nome do candidato a vice.

A alta popularidade e a expectativa de vitória em primeiro turno - a pesquisa Datafolha mais recente aponta Paes com 53% dos votos válidos - garantiu ao prefeito do Rio poder de escolha. Cortejado por PT, PSB e PDT, interessados na vaga de vice, Paes vai estender a indefinição até agosto, quando se encerra o prazo de registro das candidaturas.

O pano de fundo para a composição da chapa majoritária é a eleição ao governo do Estado em 2026 e a sucessão na prefeitura do Rio. Caso eleito para o quarto mandato em outubro, Paes deve deixar a prefeitura para disputar o Palácio Guanabara e seu vice, o comando do Executivo municipal.

Com a indefinição, a convenção partidária de amanhã terá a presença de lideranças do PSD e aliados do prefeito. Um dos mais cotados como companheiro de chapa, o deputado federal Pedro Paulo (PSD-RJ), que foi secretário de Paes, também estará presente.

Pedro Paulo participou de uma série de encontros de Paes com autoridades em Brasília nesta semana. Nas redes sociais, o ex-secretário de Fazenda do Rio compartilhou uma reunião entre ele, Paes e o presidente da Caixa, Carlos Vieira, e outro com a ministra da Saúde, Nísia Trindade.

Parte do PT ainda tem a expectativa de emplacar o nome do companheiro de chapa de Paes. O prefeito do Rio aposta, desde a campanha presidencial de 2022, na volta da aliança com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que no passado já garantiu recursos para as obras da Olimpíada de 2016, para se fortalecer na base progressista do Rio. Mas resiste em aceitar um vice do PT. O cargo é considerado estratégico para as pretensões petistas de fortalecimento da sigla no Estado. Por outro lado, o PSD - comandado por Gilberto Kassab - não pretende abrir mão de uma chapa "puro sangue". Lula não deve comparecer ao evento partidário do PSD. A decisão de seguir com um nome do PSD não vai influenciar o apoio do PT.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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