MS deve colher 13,9 milhões de t de soja na safra 2024/25, diz Aprosoja-MS
São Paulo, 16 - A produção de soja em Mato Grosso do Sul deve atingir 13,9 milhões de toneladas na safra 2024/25, um aumento de 13,2% em relação ao ciclo anterior, de acordo com a Associação dos Produtores de Soja do Estado (Aprosoja-MS). A área plantada será de 4,5 milhões de hectares, uma expansão de 6,8% sobre a safra 2023/24.Apesar da autorização para o início do plantio nesta segunda-feira, o atraso nas chuvas deve postergar a semeadura. "Para a germinação do grão é indispensável a umidade adequada no solo, e estamos com precipitações abaixo da média desde maio", afirmou o coordenador técnico do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MS), André Nunes, em nota. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a expectativa é de que as chuvas aumentem em setembro, mas a média pode ficar até 50% abaixo do esperado em algumas regiões do Estado.A produtividade média esperada para a safra é de 51,7 sacas por hectare, um crescimento de 5,9% em relação à safra passada. "Mesmo com a estiagem prolongada, espera-se que a situação se normalize nos próximos meses", explicou a analista técnica do Senar-MS, Lenise Castilho, minimizando o impacto de um possível atraso no plantio.O custo total de produção foi estimado em R$ 5.987,24 por hectare, ou 49,89 sacas, uma queda de 3% em relação à safra anterior, que foi de R$ 6.170,61. Apesar da redução, alguns insumos subiram, como sementes (0,3%), tratamento de sementes (4,3%), corretivo de solo (19,6%) e fertilizantes (3,8%).No mercado, a demanda internacional pela soja brasileira permanece forte, e os preços devem seguir em recuperação. "Os preços da saca de soja podem variar entre R$ 120 e R$ 130, caso as condições do mercado internacional se mantenham", afirmou o analista de economia da Aprosoja-MS, Mateus Fernandes. Nas últimas safras, os preços caíram de R$ 168,34 por saca em 2021/2022 para R$ 117,14 na safra 2023/2024.O vazio sanitário em Mato Grosso do Sul, que visa controlar a ferrugem asiática, terminou no domingo. A ferrugem é uma das doenças mais graves que afetam a soja, e, na safra 2023/2024, o Estado registrou 35 casos da doença, o terceiro maior número no Brasil.
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