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Congressistas acusam interferência russa em eleição nos EUA

23/09/2016 13h54

NOVA YORK, 23 SET (ANSA) - Membros do Congresso dos Estados Unidos alertaram nesta sexta-feira (23) que o governo da Rússia está tentando influenciar "de todas as maneiras" na eleição presidencial no país, que tem como principais candidatos o republicano Donald Trump e a democrata Hillary Clinton.   

A senadora Dianne Feinstein e o deputado Adam Schiff, ambos do mesmo partido da ex-secretária de Estado, disseram que o Kremlin está fazendo esforços "sérios e concretos" para tentar direcionar o resultado da votação do próximo mês de novembro, com a anuência do presidente Vladimir Putin.   

Os dois parlamentares pertencem à comissão de serviços do Congresso e alegam ter tido acesso a informações confidenciais das agências de inteligência norte-americanas. Segundo eles, a tática adotada por Moscou é a de "disseminar dúvidas sobre a segurança das eleições".   

"Acreditamos que a ordem dada aos serviços secretos russos de conduzir essas ações tenha partido dos níveis mais altos do governo", diz uma declaração conjunta de Feinstein e Schiff. Nas últimas semanas, o ambiente político nos EUA foi alvo de diversos ataques cibernéticos que teriam sido cometidos por hackers russos.   

No mais recente deles, uma suposta cópia do passaporte da primeira-dama Michelle Obama vazou na internet. O próprio presidente Barack Obama disse em julho passado que era possível que o Kremlin estivesse tentando influenciar na eleição. Pouco antes, hackers haviam divulgado cerca de 20 mil emails trocados entre funcionários do Partido Democrata e a equipe de Hillary.   

As mensagens indicam um suposto favorecimento da liderança da legenda à candidatura da ex-secretária de Estado, em detrimento do senador Bernie Sanders, derrotado por ela nas primárias. O escândalo provocou até a renúncia da então presidente democrata, Debbie Wasserman.   

O rival de Hillary na disputa, Donald Trump, já recebeu elogios de Putin e costuma dar declarações simpáticas ao mandatário da Rússia. (ANSA)
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