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Seis meses após terremoto, Itália tem 11,7 mil desalojados

24/02/2017 16h56

ROMA, 24 FEV (ANSA) - Exatos seis meses depois do início da série de terremotos que vem sacudindo o centro da Itália, cerca de 11,7 mil pessoas que moravam nas cidades atingidas continuam desalojadas.   

Desse total, aproximadamente 9 mil estão hospedadas em hotéis pagos pelo poder público, e outras 2,7 mil foram alocadas em estruturas temporárias montadas pelo governo. Até o momento, foram entregues apenas 18 casas pré-fabricadas de madeira para indivíduos que perderam suas residências, das 1,5 mil encomendadas.   

Os primeiros módulos foram instalados no distrito de San Pellegrino, em Norcia, e os trabalhos para concluir 25 unidades na cidade de Amatrice estão na reta final. "Não dá para dizer que não fizemos nada, mas é preciso acelerar", declarou nesta sexta-feira (24) o comissário do governo para a reconstrução das zonas atingidas, Vasco Errani, que acompanhou o primeiro-ministro Paolo Gentiloni em uma visita à região.   

"Estamos frente à maior emergência do país nos últimos 100 anos", acrescentou.   

A série de terremotos no centro da Itália começou em 24 de agosto, com o sismo de 6.0 na escala Richter em Amatrice, o mais mortal da sequência, com 299 mortos. Em 26 de outubro, dois tremores, um de 5.4 e outro de 5.9, causaram graves danos nas cidades de Castelsantangelo sul Nera, Visso, Ussita e em um distrito de Norcia, município que seria atingido novamente quatro dias depois, por um terremoto de 6.5.   

Já em 18 de janeiro, quatro sismos superiores a 5.0 chacoalharam a província de L'Aquila e provocaram uma avalanche sobre o hotel Rigopiano, na cordilheira dos Apeninos, que fez 29 vítimas - o balanço da série de tremores de terra no centro da Itália contabiliza 333 mortos e 23 bilhões de euros em danos.   

Dos quase 45 mil imóveis privados verificados pelos bombeiros nas cidades afetadas, 54% estão interditados, cifra que é de 21% entre os 1.793 edifícios públicos abalados pelos sismos.   

A falha que causou todos esses terremotos continua ativa e, segundo o Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia (INGV), gerou mais de 52,7 mil atividades sísmicas até o último dia 3 de fevereiro, ou seja, uma a cada quatro minutos e meio. As regiões mais atingidas são Abruzzo, Marcas, Lazio e Úmbria. (ANSA)
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